quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vexame Intercontinental

Não foi salto alto. Não foi falta de humildade. Mas ontem o Inter escreveu um capítulo da sua história que a maioria dos colorados vai fazer questão de esquecer. Os gremistas devem estar loucos. Conquistaram, aos 45 do segundo tempo, a vaga na Libertadores. E ainda veem o maior rival passar pelo que passou ontem.

Foi vergonhoso, até para quem não é Inter. Um 2 a 0 marcando uma derrota intercontinental. O clube gaúcho deu tanta importância para o Mundial, era tanta expectativa, mas na hora H o time aparentemente nem entrou em campo. Minto. Os 15 minutos iniciais foram até de pressão do Inter. Parecia que ia acontecer o normal, o esperado. Parecia.

Jogadores do Mazembe comemoram a vitória - Foto: Reuters

O que deu errado?

O Inter (e todo o país - menos os gremistas) entrou em campo querendo ganhar, mas o time pecou na sensação de "cumprir tabela". Não que estivessem desdenhando os rivais. Mas quem imaginava que um time com loucos de cabelos mais loucos ainda fosse ganhar? O Mazembe é um time improvável, como os países africanos nas Copas. Não tem muita técnica, mas ontem mostrou uma vontade imensa de ganhar, que, definitivamente, não deu pra ver no Inter.

O Roth mexeu mal. Demorou a colocar o Giulliano, mas tirou o Tinga. O D'Ale ficou completamente apagado, o que desestabilizou muito o time. A defesa então, meu Deus! Completamente aberta, dando trégua para os africanos, que não são bobos nem nada e aproveitaram as chances que surgiram.

O time brasileiro não imaginava se deparar com um adversário com tanto empenho. Os jogadores colorados pareciam não querer se desgastar muito nesse jogo para entrarem inteiros no jogo contra a Inter. Ledo engano. Um passo de cada vez. E logo no primeiro passo um tropeço daqueles. De ficar guardado, registrado, carimbado. E só resta tentar esquecer e reerguer o time para a temporada de 2011.

Torcedores do Inter - Foto: site Uol

Hoje a Internazionale, que não vive um momento bom, enfrenta o Seongnam da Coréia do Sul. Quem sabe no sábado não vemos na disputa do terceiro lugar o confronto de Inters que nós tanto esperávamos?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conquista Concategoria

Desculpem a piadinha infame do título. Mas ninguém pode negar que o título (ops) do Brasileirão veio dos pés de um personagem: Conca. O meia brilhou o Campeonato inteiro, disputou todas as 38 rodadas e sempre deu muita tranquilidade para o torcedor do Fluminense. Um argentino que deixou a torcida tricolor em festa durante todo o ano. Merecidamente, entre tantos meias bons esse ano, levou o título de campeão para casa.

Conca comemora o título - Foto: Reuters

Mas gol da vitória não saiu dos pés de Conca e sim de Emerson. O Sheik, machucado, querido pela torcida, não pôde fazer muito pelo Flu durante o tempo que esteve no time esse ano. Mas como assim não pôde fazer muito? Ele fez o gol do título! Com a mesma intensidade que foi o gol do Marquinhos, exatamente um ano antes, quando o Flu tinha 99% de chances de ser rebaixado, mas permaneceu na Série A. Você acredita em números? Aposto que nenhum tricolor acredita.

Lance do gol de Emerson - Foto: Agência Lance

Um virada de mesa, um Campeonato merecido. Eu diria incontestável. Alguém aí é capaz de dizer que os tricolores não mereceram? O ano passado foi um pesadelo. Salvos aos 45 do segundo tempo, literalmente. Esse ano não. Sabe onde o Flu esteve em mais da metade do Brasileiro? Na liderança, o lugar mais cobiçado.

E o Muricy? Disse adeus à seleção, ficou no Flu e levou. É, sem dúvida, o maior técnico do Brasil no momento. Confesso que não tenho grande simpatia por ele (quem tem?), mas que trabalho bom o danado faz!

Muricy - Foto: site Terra

As grandes decepções do ano do Flu foram Deco, Belleti e por que não dizer também o Fred. O "português" Deco foi comprado a peso de ouro, mas só deu peso para o time quando esteve em campo. Belletti, campeão novamente (??) sem fazer absolutamente nada. E o Fred, coitado, até teve boa vontade, mas ficou mais machucado do que tudo. Ainda tem o Washington, "matador". Ah tá bom, vai, há 15 rodadas sem marcar um mísero golzinho.

Sem as grandes estrelas brilhando, quem brilhou mesmo foram os "coadjuvantes". Ah, e lembrando que a bruxa estava solta nas Laranjeiras. Vocês têm noção de quantas contusões durante do Campeonato? Eu não tenho. Azar do Muricy, que sempre tinha que improvisar. Dessa forma, os tais coadjuvantes que eu disse se tornaram personagens principais. Berna agarrando muito, Gum, o zagueiro artilheiro e Marquinho, raçudo o rapazinho.

Jogadores do Flu comemorando com a torcida - Foto: site Terra

Você, meu leitor ou leitora querido e amado, deve estar se perguntando: mas esse não é "O Que Deu Errado"? Pois é, meus caros, hoje eu sinto dizer, mas nada deu errado para o Fluminense. Deu tudo certo. Deu certo se livrar do rebaixamento ano passado, deu certo contratar o Muricy, deu certo ele não ir para a seleção, deu certo o Conca inspirado, deram certo os tropeços do Corinthians, deu certo o gol do Emerson, deu certo tudo.

Então vocês me desculpem, mas hoje, só por hoje (tá bom, até o próximo post) o blog pode ser chamado de "O Que Deu Certo Fluminense Futebol Clube".

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um ano para o Fla esquecer

Penúltima rodada. O Brasileirão está chegando ao fim do jeito que a gente gosta: com muita emoção! Independente se você torce para Flu, Timão ou Zero, é inegável que a disputa ponto a ponto entre os três está fazendo dessa reta final quase tão emocionante como era o mata-mata.

Ontem praticamente deu tudo certo para os três que lutam pelo título. Três vitórias fizeram com que os times continuassem nas mesmas posições. Mais certo ainda pro Fluminense, que está a apenas uma vitória do título. Mas hoje vou falar especificamente sobre o jogo do Cruzeiro.

Mas o que deu errado, Samira?
Bom, para o Cruzeiro não muita coisa, né? Já para o Flamengo...

O time mineiro foi a Volta Redonda enfrentar o Fla. Duas situações bem diferentes. Um clube ovacionado pelos amantes do futebol, o outro, sofrendo fiasco atrás de fiasco na temporada.

Roger e Leo Moura disputam a bola - Foto: site Uol

O jogo em si não foi ruim. Tiveram até lances bons, como o gol do Fla que abriu o marcador. A partida até esteve quente em alguns momentos, não foi de todo ruim. Diego Maurício esteve bem, com uma ótima movimentação, por sinal.

O que deu errado?

Só um nome a dizer: Montillo. Esse daí quando está inspirado ninguém segura. Quando está inspirado sempre é o nome do jogo. É o cara por onde a bola sempre passa. Parece que a redondinha procura os pés dele. Foi o carrasco do jogo.

Montillo foi o destaque da partida - Foto: site Terra

E o Flamengo, depois de levar o primeiro gol, deu uma desesperada. Achou que não dava mais. Isso porque aquele era "o" jogo para o time. O jogo que poderia valer a permanência na Série A.

Perdeu o jogo de ontem, mas se livrou do rebaixamento. Muita sorte. A combinação de resultados favoreceu o rubro negro carioca. A atuação não foi de quem queria sair daquela situação indigesta. Saiu por sorte.

Bom, mas eu escolhi esse jogo para dizer o que deu errado pelo fato de que muita coisa deu errado para o Flamengo esse ano. Eu diria que esse foi um ano para os flamenguistas esquecerem. Depois de conquistar o Campeonato no ano passado todos esperavam um time forte, motivado. Não. Nem no estadual, nem Brasileirão. Nada. Foi um time sem nenhum brio, sem nenhuma vontade aparente de vencer.

Um elenco estranho, com jogadores instáveis. O Pet, coitado, é ídolo, mas sua renovação foi um tiro no pé do Flamengo. Val Baiano (que provou não ser melhor que o Adriano) não marcou os gols que a diretoria imaginava que ele marcaria. Leo Moura é um bom jogador, mas não tem se mostrado inspirado a continuar muito tempo no time. Além disso (me perdoem o jeito que vou falar), mas quanto jogador velho, gordo e caro, né? Não é a cara do Flamengo um elenco assim.

Mas para mim, o pior dessa brincadeira toda foi a contratação do Luxemburgo. O cara só ferrou o Galo, assumiu o Flamengo e só ferrou o clube. Quando se contrata um técnico como o Luxemburgo deve-se arcar com um jogo de poder muito forte. Ele contrata quem ele quer, ele faz do jeito que ele quer. Se ele tem planos para o time só para 2011 é assim que fica. Sorte que o Kalil percebeu isso a tempo e achou a salvação no Dorival.

Luxemburgo - Foto: Extraonline

Mas no Flamengo, depois da saída do Zico, a Patrícia parece querer manter tudo calmo, sem muitos enfrentamentos. Só na temporada foram três treinadores. A situação não está nada boa. O comentário no clube é que 2011 será o ano da renovação. E é isso que espera a apaixonada torcida rubro-negra, que não reconheceu seu time esse ano e que esperava que as alegrias de 2009 se repetissem.

Enquanto isso, no topo da tabela, o Cruzeiro ainda sonha com o título.

A resposta? Já na semana que vem!

domingo, 14 de novembro de 2010

Para um jogo polêmico, um post polêmico

Eu sei que essa postagem vai gerar polêmica. Muitos vão concordar comigo, muitos outros vão querer me matar! Mas é assim mesmo, quando tem paixão envolvida no meio da história a gente defende sempre o nosso lado, claro.

Já sabem sobre qual jogo vou falar né? Corinthians e Cruzeiro, claro.
"O" jogo das polêmicas. "O" jogo das conversas de hoje. "O" jogo que mais foi discutido nas mesas redondas desde ontem. A decisão, a final antecipada. "O" jogo.

Diputa de bola entre Jucilei e Gil - Foto: site Uol

Mas vamos ao que interessa. No começo da partida era de se esperar uma pressão corinthiana, certo? Certo, mas não foi isso que aconteceu. Os jogadores do Cruzeiro pareciam estar em uma noite inspirada, tanto na marcação quanto no entrosamento em campo.
Algumas finalizações aconteceram no princípio de jogo. Elias de um lado, Thiago Ribeiro do outro. Esse último aliás, protagonizou o primeiro lance de polêmica da partida. Entrou na área, tentou driblar Júlio César e caiu na grande área. Não, não foi pênalti. Nem foi uma boa cavada. Portanto, cartão amarelo para Thiago Ribeiro.

Pra ser bem sincera, não teve nada demais no primeiro tempo. O segundo tempo estava um pouco melhor, mas só um pouquinho. Algumas finalizações, alguns lances bons, mas nada muito significativo. O empate já estava bom para os dois times.

Mas os bandeiras e o juizão, considerados os melhores do campeonato, deixaram passar vários lances. A maioria contra o Cruzeiro. Impedimentos, faltas. A moral dos caras não estava nada alta com os torcedores mineiros.

O que deu errado?

Aos 41 minutos do segundo tempo Ronalducho entrou na área e depois de uma dividida com Gil caiu. Pênalti. Pênalti? Mas foi mesmo? Confesso que tive que ver muitas vezes para me decidir se eu acho que foi ou não. Na verdade eu ainda não sei o que eu daria. Sorte que eu não apito jogo. Sorte que eu não sou o Sandro Meira.

Ronaldo caído no chão depois de lance duvidoso - Foto: site Terra

Sendo fria, analisando com calma, o que eu pude perceber é que esse juiz teve foi mto azar desse lance ter acontecido logo ontem, logo no fim do jogo, logo quando o 0 a 0 estava agradando a todos.

O Ronaldo por si só na área já impõe respeito. E o cara é safado, é malandro. O juiz olhou e viu o Gil (pobre Gil) se apoiar no Fenômeno. E em seguida, lá estava ele, atirado no chão, sofrendo. Digno de um Oscar. Mas a malandragem do futebol brasileiro é essa e todos os jogadores, cruzeirenses, alteticanos, corinthianos, flamenguistas, todos, sem excessão usam disso para lucrar um pênalti para a sua equipe. O juiz acreditou, foi na onda. E quem não iria?

Eu acho sim que os times de São Paulo geralmente são beneficiados pela arbitragem. E durante o jogo de ontem não foi diferente. Impedimentos que para mim não existiram, faltas que travaram o jogo do time de Minas, enfim, aquela velha vantagem que os times paulistas têm sobre os mineiros. Mas o pênalti não, pra mim esse foi muitos mais "interpretação" do que roubo. Muitos outros juizes no lugar do Sandro dariam. Muitos outros não. Hoje mesmo no jogo do Fluminense com o Goiás o Simon deu. Um pênalti bem no estilo do de ontem, com um show de interpretação do Rodriguinho e a completa falta de maldade do Ernando.

O que deu errado para o time celeste foi toda essa confusão. Toda essa dosagem a mais de nervosismo bem no fim do jogo, bem no fim do campeonato.

Jogadores do Cruzeiro indignados no fim do jogo - Foto: Ricardo Matsukawa

Entendo a revolta dos Cruzeirenses com a arbitragem. Principalmente quando a diretoria e os jogadores também mostram essa indignação. Mas o Brasileirão continua. Segue para sua reta final. E nessa reta final qualquer descuido pode valer o título. E o Cruzeiro, tendo sido pênalti ou não, tendo sido o jogo comprado ou não, continua na briga. Quem sabe agora com mais vontade e menos erros infantis.

*esse post foi mais sério e eu não falei do Cuca, mas que coitado tem o pé gelado, isso tem.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O dia em que a bola não entrou

Inter e Flu, um jogaço para quem gosta de futebol. Dois dos melhores meias do Brasileirão em campo. Olha, deu gosto de ver! Conca, mesmo não sendo tão brilhante como de costume, foi o calinho no sapato do Inter. D’Alessandro correu, dominou, brilhou. Na batalha dos hermanos, o colorado levou a melhor. Mas a pontaria deles, hummm... Essa não foi nada decisiva.

D'Ale encara Diguinho - Foto: site Terra

O goleiro do Fluminense foi essencial no 0 a 0; sem ele o placar teria sido bem diferente. Ricardo Berna simplesmente fechou o gol. Parou os chutes de Sóbis, Andrezinho e alguns de Giuliano. Berna, que vem substituindo Fernando Henrique, mostrou que tem potencial pra ser titular de qualquer time.

Berna em uma de suas grandes defesas - Foto: Lancenet

O que deu errado?

A bola não entrou, danadinha! E isso deu errado para os dois times. Teimou, teimou, fez pirraça e não entrou. Um jogo cheio de boas jogadas, bons lances, mas bem fraco no que se trata de finalizações.

Sabe quando o time está atacando e a gente fala: “chuta que nem homem!”? Pois é, no Fluminense eles não chutaram “que nem homem”. Finalizações fraquinhas, sem muita certeza. O Inter deu mais perigo, mas as bolas paravam nas mãos de Berna.

O segundo tempo foi quase tão bom quanto o primeiro. Porém menos competitivo. Naquele momento parecia que o empate já estava de bom tamanho para as duas equipes (tendo em vista uma seguradinha no pé e uma retranquinha básica no fim).

Conca e Sóbis - Foto: Vipcomm

Giuliano, que costuma se destacar, deu uma bela apagada ontem; foi bem marcado. Fernando Bob, veio bem nos desarmes, mas apenas isso. Guiñazu valente como sempre. Washington? Quem é Washington? Esse nem deu as caras.

No fim das contas o empate em 0 a 0 foi pior para o Flu, que no topo da tabela, briga pelo título, mas nos momentos decisivos não consegue decidir! No fim das contas esse 0 a 0 pode ter custado o título para o tricolor carioca... A resposta? Só no dia cinco de dezembro , quando acabar o último jogo da última rodada do Brasileirão.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O renascimento do Galo forte e vingador

Não tive escolha, não fui eu quem escolhi o jogo, o jogo me escolheu. Assisti exclusivamente Cruzeiro e Atlético-MG e não fiquei vendo links de outros jogos simultâneos como costumo fazer, só acompanhei os outros placares.

Um verdadeiro clássico. Um jogo cheio de nuances. Uma tia atleticana desesperada que fez eu ficar procurando links na internet com a transmissão do jogo; um primo cruzeirense que foi hospitalizado ao desmaiar no quarto gol do Galo.

O normal seria uma vitória do time celeste, claro. Um Parque do Sabiá com milhares de camisas azuis incentivando o líder do Brasileirão. Uma festa linda, azul.

Foto: site Terra

É, não foi dessa vez. O Galo se mostrou forte e vingador e escolheu justamente o jogo contra o maior rival para sair com classe da zona de rebaixamento, lugar cativo em praticamente todo o Brasileirão.

Uma vitória para cruzeirense nenhum diminuir. Ia ser uma goleada. Mas foi uma chuva de gols. Dois jogos em um só. Um primeiro tempo preto e branco. Um segundo tempo azul e branco.

O que deu errado?

Como o próprio Thiago Ribeiro disse no fim da partida (esse jogou bem!), no primeiro tempo o Cruzeiro líder do campeonato nem deu as caras. No segundo tempo sim, ele apareceu. E dominou.

O primeiro tempo foi de Obina. Ele, que é melhor que o Eto’o, mostrou que é o artilheiro dos clássicos e deixou um gostinho do que o Galo poderia ter feito durante o ano caso tivesse uma melhor direção e mais vontade de vencer.

O time todo estava bem. A chegada de Dorival deu outro ânimo, para a torcida e, principalmente, para os jogadores. Aquele era o momento. O momento para deixar aquela situação indigesta. Para começar a ficar livre desse fantasma chamado Série B.

Técnico Dorival e Obina - Foto: site Globo.com

Montillo estava apagado. Foi dar uma de Loco Abreu, bateu um pênalti estilo cavadinha e errou. Hora péssima para errar, nada hermano da sua parte, hein Montillo.

Jonathan foi outro, que nada fez pelo time enquanto ficou em campo.

O Galo abriu três de vantagem (aí a galera desligou o video-game e foi dormir hehehe). Mas não, não era um sonho dos atleticanos. Três gols de vantagem em cima do time mais vitorioso do estado. O líder, o detentor da Tríplice Coroa. Durante um clássico nada disse importa. O que importa está dentro de campo. O que importa é vencer, e a vontade do Atlético era tanta que nem Uberlândia colorida de azul e branco assustou a equipe.

O que deu errado para o Cruzeiro foram os 30 minutos iniciais, em que o time entrou em pane e o Galo aproveitou para abrir uma grande vantagem. Será a saga de vice do Cuca que está se fazendo valer novamente?

Foto: site Terra

Depois disso, o que deu errado foi não ter mais alguns minutos de jogo, porque pela pressão que o Cruzeiro estava fazendo sobre o Galo, mais uns dez minutos de partida a Raposa iria conseguir o empate. Isso se não virasse.

Como disse minha tia atleticana, não se deve subestimar o Cruzeiro, nem mesmo com um placar de 4 a 1. Logo em seguida que ela disse isso, o Cruzeiro buscou o resultado e diminuiu para 4 a 3.

Ah, meu primo que desmaiou durante o jogo? Quando ele acordou no hospital a primeira coisa que perguntou foi: e o Cruzeiro, ganhou?

Para a infelicidade dele e para a felicidade dos alvinegros, não, dessa vez a festa foi preta e branca, em grande estilo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Rei dos empates

Esse post poderia ter sido feito há exatamente sete rodadas. Não vou falar de um jogo em especial, mas de uma situação que vem assombrando o alvinegro carioca.
Empates. Sete seguidos. Um mísero pontinho por jogo. 21 pontos distribuídos e apenas 7 somados na conta do Botafogo.

Começou com o Cruzeiro no Engenhão. O último foi contra o Palmeiras em casa também. Mas a lista é extensa: tem Corinthians, Vasco, Atlético-PR, Flamengo, Guarani... (e tudo isso depois de perder de 4 a 1 para o lanterna na época, o Goiás - ê Botafogo!)
Se o time tivesse ganhado apenas três desses jogos estaria na terceira colocação e não na sexta. É um desperdício de pontos sem fim.

Loco Abreu - Foto: site Jornal de Esportes

O botafoguense Diego Abdul foi quem sugeriu esse post. Assim como todo botafoguense, está completamente decepcionado com seu time. (não é pra menos!)
A febre Loco Abreu, o time raçudo, com vontade de vencer, deu lugar a um Botafogo apático, que demonstra rodada a rodada que o empate "tá bom", "melhor empatar do que perder". E essa não é a mentalidade de um time vencedor.

O que deu errado?

Alguns tentam justificar alegando que muitos jogadores estavam lesionados nesse período, outros suspensos e pendurados. Assim, Joel não pode escalar o mesmo time que parecia forte até algumas rodadas atrás.
Há quem diga também que o Botafogo não é um time acostumado com as primeiras posições da tabela, e a pressão segurou a subida da equipe.
Outros chamam Joel de retranqueiro, alegando que ele não tem conseguido escalar bem o time e sempre vem jogando com um zagueiro a mais que o necessário.

No início do campeonato, praticamente contra os mesmos adversários, o Botafogo ficou oito rodadas sem vencer.

Joel Santana - Foto: site Estadão

O fato é que o Glorioso não está lá tão glorioso assim.
Rumores apontam Joel negociando com o Corinthians. (o que eu particularmente não acredito)
O "talismã" Caio não tem nada de talismã, nem de sorte.
Jobson assustou a torcida com essa demora toda para voltar. (quem sabe a dupla Jobson e Loco não rende belos gols?)
Muitos, mas muitos jogadores machucados.
Os jogadores já estão dando declarações falando sobre conseguir uma vaga na Libertadores. (já desistiram do Brasileirão?)

Um dos cantos da torcida botafoguense fala: "Momentos ruins eu já vivi, mas nunca parei de cantar”. Mas a verdade é que a paciência dos apaixonados já está começando a chegar ao fim. E como em qualquer relacionamento, se as frustrações aumentam, a dedicação diminui.

Uma pena, pois quem diria, o Botafogo tinha tudo para brigar pelo título.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cadê o líder que estava aqui?

Que o Corinthians é um timaço ninguém duvida (um Timão, com o perdão do trocadilho). E ninguém duvida também que nesse ano de centenário, os jogadores, a comissão técnica e meio mundo estão empenhados a contribuir para o Timão ganhar o Brasileirão. Ok? Ok. Até aí tudo bem.
A equipe ainda não conquistou nenhum título nesse ano tão importante (nem a Dança dos Famosos com o Marcelinho Carioca), mas despontou como a grande candidata para levar a faixa de campeã do Brasileirão 2010. Até ocupou o primeiro lugar por um bom tempo. O grande problema nisso tudo é que nas últimas rodadas o Coringão está tropeçando além do que um time que briga pelo título pode tropeçar.

Será a falta do camisa 9 em campo? Acredito que não, porque o time, depois que o Adilson assumiu, tem jogado mais solto sem o referencial do Fenômeno em campo. Não que ele não faça a diferença (até porque não tem como não notá-lo), mas com ou sem Ronaldo a equipe vinha jogando bem.
O fato é que na última rodada o time estava com a primeira posição nas mãos com a derrota do Flu, mas jogou fora e perdeu para o Galo, que está ressurgindo das cinzas.

Jogadores do Galo comemorando o gol de Zé Luis - Foto: site Terra

O que deu errado?

Eu começo falando que o Atlético-MG é um outro time. Não é aquele mesmo que perdeu de 1 a 0 no Pacaembu no turno. É um Galo motivado, com novos ares, jogadores querendo vencer, treinador comprometido.

E o Corinthians, por mais que venha mantendo a unidade, está deixando passar muitas oportunidades de assumir a ponta. Empatou com o Ceará em casa, empatou com o Botafogo em casa também (mas esse tudo bem, porque jogar com o Botafogo é garantia de empate - ô time que gosta de ganhar só 1 pontinho).
Esses dois empates e agora a derrota para o Galo distanciaram o time da primeira colocação.
E mais. O Cruzeiro que não desperdiça mesmo, ganhou do Goiás e roubou para si o segundo lugar.

O Corinthians sofre com a falta dos renomados Jorge Henrique, Ronaldo, Ralf, Chicão, o convocado Elias e Dentinho (que "voltou", mas não voltou - que maré de azar). Além disso, Roberto Carlos vem sendo sempre substituído e já pediu afastamento para cuidar de dores musculares. Tem também a pressão de se manter no topo e vencer o campeonato.
Mas tudo isso aparentemente não ia atrapalhar, porque desde o início da partida, o time fez questão de se impor e se mostrou superior.

Bruno César fez muito bem o papel de "atacante".
Jucilei estava conciso, como sempre.
Danilo entrou muito bem no lugar de Dentinho.
O Timão dominou a partida, principalmente no primeiro tempo.

Foto: site Uol

Porém, uma bobeada da defesa somada a uma equipe ligada querendo vencer (mesmo sem ainda estar boa tecnicamente) resultaram no gol da virada atleticana.
De bobeada em bobeada, um título importante como esse escorre pelas mãos. As oportunidades de assumir a liderança não estão sendo bem aproveitadas e restou, por enquanto, um amargo terceiro lugar.

O Galo começa a sair do sufoco e o Timão começa a sentir a pressão da briga pelo título.
Duas brigas em lados opostos da tabela, que dessa vez teve como vencedor um dos times que menos venceu nesse Brasileirão.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A queda do Galinho

O post dessa rodada vai ser um pouco diferente. Eu poderia falar do 4 a 2 no jogo Grêmio e São Paulo, que deu tudo errado para o tricolor paulista. Era o que eu tinha em mente.
Porém, a notícia de que o Zico deixou o Flamengo tem por trás muito mais um "o que deu errado" do qualquer jogo dessa rodada.

O "sim"

Zico relutou muito para fazer parte da equipe do Fla, mas em 30 de maio foi anunciado pela presidente Patrícia Amorim como diretor de futebol.
O ídolo assumiu um clube que é o atual campeão brasileiro, mas que vivia (e vive, porque tá tudo na mesma) grandes dificuldades.

Mesmo assim Zico topou o desafio. Apaixonado pelo rubro-negro, isso ele é. O maior ídolo da torcida, o maior espelho dos jogadores.

Foto: blog do Lédio Carmona

Porém, na noite de ontem, Zico anunciou sua saída de seu tão amado Mengão.

O que deu errado?


Quais foram os maiores problemas enfrentados pelo treinador?

- Garotos da base mimados. Os mini craques são formados para vencer e vencer e não para se tornarem jogadores íntegros. Acham que podem tudo e vão assim para o profissional.
- Falta de reforços para a temporada. A perda de Love e Adriano, sem a contratação de jogadores a altura. (ou no peso, né?)
- O fiasco da contratação de Val Baiano, que no ano passado marcou 18 gols pelo Barueri (hoje Prudente) e esse ano nada fez de significativo pelo Flamengo. ("O Val Baiano é melhor que o Adriano"?, acho que não, hein Leifert)
- O fantasma de Eliza Samúdio, que ronda o Ninho do Urubu a todo momento.
- Um treinador temperamental, que dá declarações "atravessadas" para a imprensa.
- E, principalmente, falta de pulso por parte do Zico, já que não conseguiu se impor dentro do clube.

O Galinho foi atacado dentro do seu clube, sua família foi envolvida, o presidente do Conselho Fiscal não largava do seu pé.
Não fez muita coisa desde que chegou, deixou o barco antes de afundar, como se diz.
Ele sentiu que não dava mais, que não ia conseguir fazer o que gostaria no clube.
E pediu pra sair.
Não aguentou a pressão.

Agora o Flamengo está sem um comandante de peso e temos que aguardar para ver qual será o desfecho dessa história. O 15º lugar, pertinho da zona de rebaixamento, é merecido pela campanha vergonhosa. Dizem ainda que Luxemburgo deve vir no lugar de Silas. Só os próximos dias virão com as respostas.

Enquanto isso, fora do comando do seu time do coração, Zico dá sinais de decepção: "Serei ídolo enquanto quiserem. Se um dia não quiserem mais, ainda serei um cidadão com a certeza de ter feito meu melhor".

Foto: site do Flamengo

Não, Zico, você sempre será o maior ídolo de quem é Flamengo de coração.

domingo, 26 de setembro de 2010

O tropeço da Raposa

Se tem um time que estava (ou está ainda - esperemos cenas dos próximos capítulos) assustando os adversários esse time é o Cruzeiro. É uma equipe consistente, que joga pra frente, mostra um futebol gostoso de se ver. Além disso, tem um treinador muito inteligente, que sabe armar o time (só não vai ser campeão, porque o Cuca, né, a gente sabe que do segundo lugar não passa).

O adversário da Raposa nessa rodada foi o Santos. O time da Baixada veio de uma derrota no clássico contra o Coringão, veio da demissão do técnico Dorival e também vem sofrendo uma certa antipatia pela estrela do time, o Neymar.

No início do jogo o Cruzeiro até vinha bem, criando muitas jogadas pelas costas do Leo. Mas Thiago Ribeiro, com sua fominhagem de costume, perdeu muitos gols. E como diz aquele velho dito popular “quem não faz leva”, o Santos começou a crescer e dominar a partida.

Thiago Ribeiro e Neymar disputam a bola - Foto: site Superesportes

E mais. Como afirmou um leitor do blog, o problema do Neymar é com a cabeça e não com os pés.

O que deu errado?

Os pés do garoto cismaram de funcionar. E não tinha mesmo o que o parasse. O jogo estava nas mãos (ou barbatanas, vai saber - #piadaruim) do Peixe e a estrela do único menino da Vila remanescente brilhou.

O Cruzeiro não conseguiu se movimentar, não conseguiu criar, não conseguiu nada. Cuca trocou o lateral esquerdo Diego Renan pelo atacante Robert numa tentativa desesperada do time ir pra frente como de costume. Mas tudo o que ele conseguiu foi abrir as pernas do time e deixar o Santos, mesmo com um a menos depois da expulsão de Zé Eduardo, dominar geral. Neymar fez seu gol e participou dos outros 3. Placar final, 4 a 1. Um 4 a 1 com Dracena e Alex Sandro igualmente raçudos.

O que deu errado para o Cruzeiro foi que o meia Montillo, que vinha se destacando, ficou muito bem marcado e apagou; e o principal jogador do Santos, Neymar, conseguiu se livrar da marcação, mesmo sofrendo muitas faltas.

O que deu errado para o time mineiro foi que a equipe do Santos estava inspirada, com muita vontade de vencer.

Comemoração depois do gol de Neymar - Foto: site Lancenet

Depois da partida, os twiteiros afirmaram: “Cruzeiro perdeu pro Santos. E fez bem!!! Afinal de contas, ganhar do Neymar dá azar....#neymarfacts” (Ah, vale lembrar que Neymar chamou a comemoração do gol de "twittada maluca")

Brincadeiras à parte, o fato é que a alegria parece estar voltando para o time da Vila. Neymar parece estar se concentrando mais no campo. Até as coreografias depois dos gols voltaram.

Mas o Cruzeiro, com o timaço que tem, com certeza não vai se deixar abater por essa derrota e continuará na briga pelo título do Brasileirão.

Nota da blogueira: Se o blog chamasse “O que deu certo F.C.” com certeza o jogo comentado seria Inter e Corinthians. Que jogão de tirar o fôlego, né?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A força do líder e a crise na Vila

O jogo entre Corinthians e Santos aconteceu em meio a uma bomba na Vila Belmiro, que anunciava que Dorival não era mais o técnico do Santos. O motivo? Os constantes desentendimentos com Neymar que culminaram na rodada anterior, quando o então técnico do Peixe não deixou o jovem atacante bater um pênalti e recebeu xingamentos do jogador. Depois disso, surpreendendo a todos, a diretoria informou que Dorival estava deixando a Baixada. Horas depois, Neymar era relacionado no clássico contra o Timão.


Neymar entra em campo visivelmente preocupado - Foto: site Terra

A partida foi na Vila e no início dava pinta de que não havia nenhuma crise instaurada ali. Gol nos primeiros minutos, time jogando pra frente, pressionando. O jogo estava bom, os dois times se arriscando, e o resultado no fim do primeiro tempo foi de 2 a 2.
O segundo tempo começou parecendo que o jogo seria tão movimentado quanto na primeira metade da partida. Neymar apareceu no início novamente, mas depois disso o Corinthians quem ditou as regras do jogo.

O que deu errado?

Não foi azar do Santos. Neymar apagou, não parecia concentrado.

Foto: site Terra

O que deu errado foi a confusão antes do jogo, que tiraria a concentração do qualquer jogador, mesmo um mais experiente.
O que está dando errado é o tratamento que estão dando ao "todo-poderoso-Neymar-de-apenas-18-anos". Se o Santos continuar com essa postura vai perder várias grandes oportunidades.

- Não vai ter um bom resultado no Brasileirão, manchando toda a boa campanha no ano;
- Neymar vai passar de amado a detestado pelo jeito arrogante;
- O Santos vai se tornar um clube como o Flamengo foi e parece que está deixando de ser (desculpe, rubro-negros), onde os jogadores fazem o que querem e mandam e desmandam no time;
- Vai perder a admiração do povo do Brasil, porque o Santos estava voltando a ser a "menina dos olhos" do futebol brasileiro.

Esse 3 a 2 na última quarta-feira não foi um resultado vergonhoso. Mas devido a postura do time, eu particularmente nunca vi tanta gente torcendo para o Corinthians ganhar. Até torcedores dos outros times paulistas estava torcendo por um tropeço do Santos. E se a postura continuar a mesma, o time se tornará cada vez mais detestado e seus jovens jogadores cada vez menos focados em campo.

Foto: site Terra

E que me perdoem os santistas, mas o time da Vila está virando freguês do Corinthians. Não conseguiu ganhar no turno (4 a 2), nem no returno (3 a 2) do Brasileirão. E no quesito seleção, 1 a 0 para o Timão. O volante Elias foi convocado na última lista de Mano Menezes.

Se cuida, Santos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pontapé Inicial: Atlético-MG x Vitória

Bem vindos ao "O Que Deu Errado Futebol Clube"!
Esse blog vai mostrar o que deu errado nos principais jogos de futebol!
No momento nosso assunto principal é o Campeonato Brasileiro, porque se tem uma disputa onde tem futebol clube dando errado é no Brasileirão!

E apita o juiz...

Para estreiar o blog, já vou começar falando da 23ª rodada do Brasileirão.
E se for falar em alguma coisa que dá errado no momento, leia-se Atlético Mineiro.
Ultimamente tudo tem dado errado, portanto não tem time melhor (?) pra gente começar.

O time do Galo precisava da vitória sobre o Vitória (ops). Começou a rodada há 13 jogos grudado na zona de rebaixamento e os três pontinhos eram essenciais para continuar vivo.

O que deu errado?

A pergunta deveria ser "o que deu certo"? Ou melhor: "o que tem dado certo"? A resposta é "nada". Tudo tem dado errado.

Foto: site Supersportes

Vou fazer uma b
reve lista:
-O jogo foi em casa

-O time está concentrado e ficará pelos próximos 15 dias
-O treinador é um dos mais vitoriosos do futebol
-Os dois Diegos do time são muito habilidosos
-O Centro de Treinamento do time é o melhor do país (tá, isso não tem nada a ver, mas deveria ajudar, né?)


Meu Deus, que timaço, tá no G4? Ah, tá. O Galo não anda, só cisca (hum, ruim). Quando parece que está engrenando... Nada acontece. Em nenhum momento na competição conseguiu duas vitórias consecutivas.

E no jogo de ontem já começou levando dois gols em 15 minutos. Aos 27 minutos o zagueiro do Vitória, Anderson Martins, foi expulso. Jogo em casa, com um a mais. Essa era a hora do Atlético. Diminuiu no fim do primeiro tempo, voltou pressionando no segundo, e ufa, conseguiu empatar. Mas, como nada está dando certo, o Vitória fez seu terceiro gol e carimbou a vitória (ops) sobre o Galo.

Comemoração dos jogadores do Vitória depois do gol. Foto: site Terra

O que deu errado? A única explicação é falta de raça. Porque com um a menos, com a torcida a favor, com bons jogadores a disposição, e o time não ganha? Eu não acredito em azar por tanto tempo seguido.
Enquanto os jogadores do Galo não optarem por jogar futebol e dar um novo rumo na história do Campeonato, o time ficará fadado a repetir a história recente, que os atleticanos ainda não esqueceram: a Série B.