domingo, 22 de julho de 2012

Tem coisas que só no Botafogo...

Seedorf no Botafogo. Quem diria? Algum botafoguense, o mais otimista possível, esperava isso? E não é que a diretoria conseguiu e o holandês está mesmo no Rio? É até estranho escutar o narrador falar o nome dele durante o jogo rs.

Mas, a estrela teve uma estreia nada agradável, num jogo que eu chamaria de esquisito. Botafogo e Grêmio se enfrentaram na noite de domingo, marcando a estreia do holandês Seedorf no time carioca. O que era para ser uma grande festa, foi atrapalhada pelo time de Vanderlei Luxemburgo, que venceu por 1 a 0 no Engenhão.

Seedorf fez sua estreia no Bota este domingo - Foto: AGIF
O que deu errado?

A estreia de Seedorf foi totalmente diferente do que o time planejava. Apesar do holandês ter mostrado que ainda está em forma, aguentando bem e jogando uma bola redonda, Seedorf ainda não teve uma atuação de gala, o que é totalmente justificável, já que o atleta estava sem jogar desde maio, quando fez sua última partida pelo Milan.

O jogo, como eu disse, foi estranho. Não foi um jogo ruim, mas também não foi bom. Não foi brigado, mas também não foi morto. O Botafogo não jogou bem, mas o Grêmio também não dominou. Foi equilibrado e o gol do time gaúcho saiu num lance bem armado, com assistência de Zé Roberto (como ele está correndo, impressionante!) e finalização de Marcelo Moreno.

No Grêmio, alguns atletas se destacaram. Zé Roberto, como eu já disse, correu muito, armou boas jogadas e mostrou que está em plena forma.Ofensivo, me surpreendeu positivamente. Assim como Marcelo Moreno, que não deu sossego para o Jefferson (melhor goleiro do Brasil) e para a defesa alvinegra.

 O gol gaúcho saiu de lance da dupla Zé Roberto e Moreno - Foto: Site Terra

Defesa alvinegra aliás, que viu o Grêmio jogar. Não consigo confiar nessa defesa. Não tem consistência, não tem firmeza. Depois que arrumar o time na parte da frente, acho que é hora de arrumar a casa atrás. Aliás, está na hora também de trocar de treinador, porque o Oswaldo não sabe montar uma boa equipe com os atletas que tem. A única coisa boa lá atrás no Bota foi o Jefferson, que salvou o time em vários momentos. Mas vale lembrar também que o goleiro gremista fez uma belíssima partida. Marcelo Grohe fechou o gol e não deu oportunidade para os alvinegros.

O jogo foi uma boa prévia do que será a vida de Seedorf: difícil, complicada, como sempre é no Botafogo. Não tem mais vida de Milan não rs. Mas essa derrota significou também a quarta colocação para o Grêmio e a oitava para o Botafogo. Nada mal para o time gaúcho, que dorme hoje no G4 e está chegando cada vez mais perto dos líderes do Brasileirão.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Enfim, campeão

Não tinha como eu não fazer um post sobre Corinthians e Boca Juniors.

Todos sabem que eu não sou corinthiana. O meu time já não me dá alegrias há algum tempo e com isso eu me tornei de verdade uma apreciadora do futebol, mais ainda do que eu já era. Não costumo torcer contra nenhum clube (a não ser contra um determinado time, rival histórico do meu rs), gosto de ver o jogo, sentir o clima e aí sim escolher para quem eu vou "torcer".

E ontem tentei ver o jogo sem nenhum pré conceito, sem ter escolhido um time para torcer. E sim, fui contagiada pela equipe montada por Tite. Foi um 2 a 0 bem formatado, numa final de Libertadores, com a equipe invicta. E contra um Boca sempre forte, com uma história muito forte na competição das Américas.

O que deu errado?

Mas o que deu errado para o Boca, um time tão tradicional, vencedor e tão acostumado com Libertadores, diferente do Corinthians? A equipe argentina ficou apática, não se encontrou em campo e nem jogou o que poderia ter jogado. A pressão era toda do Corinthians, a responsabilidade era toda do Corinthians e mesmo assim o Boca entrou pequeno em campo e não mostrou serviço na final.

Como não estava conseguindo se impor no futebol, os argentinos tentaram se impor nas faltas. Achei que o time foi bastante desleal, com chegadas desnecessárias por trás, catimbas exageradas, enfim, um futebol que não condiz a um finalista de Libertadores.

Enquanto isso, o Corinthians entrou em campo com um objetivo: vencer. Entrou em campo concentrado, aguerrido, determinado. Mas isso não veio de ontem. Essa equipe há tempos está sendo construída pelo Tite e muito, mas muito me agrada. Um time firme, consistente, que joga junto, um joga para o outro, um joga com o outro.

Na noite de quarta-feira, o time de Tite acertou o pé e teve um belo toque de bola, não abriu espaço para o adversário, apertou muito a saída de bola. Tinha uma meta, foi lá e cumpriu. Não tinha como o placar ser diferente, um time foi bem superior que o outro.

Em campo, uma vitória incontestável. Fora dele, existem os corinthianos e os que torcem contra. Hoje os corinthianos acordaram mais felizes. Porque enfim eles realizaram o sonho, são os campeões da Libertadores. E com mérito, incontestável.

Corinthians campeão da Libertadores 2012 - Foto: Site Uol