segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estava faltando esse post...

Sobre essa última rodada dos estaduais eu até teria algumas coisas para escrever, do tipo: deu errado para o Botafogo que o Joel já está querendo ir embora e não está preocupado com o time (nem com os jogadores que escolhe para bater pênaltis - Somália??? Sério?); deu errado para o Santos que o Fábio Santos (Oi?) estava inspirado e quis mostrar serviço depois da eliminação na Libertadores; deu errado para o Braga que o Lucas voltou do Sub-20 daquele jeito e vai arrebentar esse ano pelo São Paulo; deu errado para o Palmeiras que está faltando um camisa 9 matador, finalizador... Bom, muitas coisas deram errado e claro, muitas outras deram certo.

Fábio Santos; jogadores Flamengo; Lucas; Kléber - Fotos: Agência Estado e VipComm

Mas no momento que estava pensando sobre que jogo iria analisar hoje me lembrei de algo: não falei sobre o Ronaldo, não falei sobre sua aposentadoria. E vocês me desculpem, mas não posso deixar o Ronaldo passar em branco. Sei que estou um pouco atrasada, mas acredito que ainda está em tempo de falar sobre esse assunto.

Então hoje, excepcionalmente, eu faço uma homenagem a um dos maiores (sem duplo sentido, pessoal!) jogadores do país, Ronaldo! Eu não gosto de idolatrias, fanatismos, nem nada disso. Mas tenho lá as pessoas que eu admiro e ele é uma delas. E eu admiro muito.

O que deu certo?

Coletiva anunciando aposentadoria - Foto: Marcos Ribolli

Desde pequena sempre fui muito ligada ao futebol. Sempre assisti, torci, me emocionei.
Copa do Mundo para a minha família é "O" acontecimento. Família inteira reunida na casa da vó, assistindo todo ano naquela mesma TV antiga, vibrando torcendo, gritando, falando palavrões impublicáveis.
Minha primeira grande alegria com seleção brasileira foi na Copa de 94, meio sem saber direito o tamanho daquilo, mas curtindo a festa. Já a minha primeira grande decepção foi na Copa de 98. E Ronaldo foi o culpado. Eu senti raiva dele por muito tempo, traída, por ele estragar minha festa familiar. Poxa Ronaldo, passar mal no dia da final? Era para ser um dia de festa na minha rua, abraços, gritos, dormir tarde, mas não foi, tudo culpa dele. Aos 10 anos, esse era meu pensamento.
Com o passar do tempo, o envolvimento com o futebol foi aumentando e tudo não era mais apenas uma festa, e sim uma grande paixão. E Ronaldo sempre foi meu camisa 9 preferido, sempre foi o jogador que eu mais admirei.
Na Copa de 2002 a redenção. Meu algoz em 98 virou meu herói em 2002. E de forma estonteante, dois gols na final. Sem dúvida meu jogo inesquecível.
Daí pra frente a admiração continuava. Melhor jogador do mundo, artilheiro de Copas, superação. Nada do que ele fez fora de campo o queimou. Não diante de mim.
Meu TCC carrega o nome dele. "Prazer, meu nome é Ronaldo". Fala sobre a vontade de meninos carentes se tornarem jogadores de futebol. A maioria deles se espelha no Ronaldo. Até hoje.
Desde a minha época, em que meus primos e meus amigos raspavam o cabelo inspirados nele. Até hoje.
Pode aposentar, Ronaldo. Pra mim, sempre vai ser o número 1. O melhor que eu vi jogar. Os gols mais bonitos, os dribles mais bem feitos, as vitórias mais marcantes.
Definitivamente, um Fenômeno.

Foto: Globoesporte.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Uma noite estrelada

Hoje o nosso post vai ser especial. Vou falar sobre que deu errado para os nossos hermanos na noite de ontem, mas na verdade quero mesmo é ressaltar o que deu certo para o Cruzeiro. (sou só eu ou vocês também ficam felizes de time brasileiro ganhar de time argentino?? rs)

Vocês assistiram o jogo? Pois eu assisti e dormi com ele na cabeça. Fiquei pensando o que deu tão errado para o Estudiantes, carrasco do Cruzeiro em 2009, ser um time tão mediano na noite de ontem. Ou será que foi o time mineiro que foi bem além da conta?

Jogadores do Cruzeiro comemoram gol contra Estudiantes - Foto: AFP

O que eu sei é que foi um belo 5 a 0, com atuação de gala e aquele gostinho bom de ganhar de argentinos. Os cruzeirenses já devem até ter esquecido a derrota para o arquirrival Atlético no último sábado (será?).
Ontem o time celeste estava uma verdadeira máquina, do início ao fim da partida. Com um minuto de jogo Wallyson já abria o marcador. Depois foi a vez de Roger, seguido por dois de Montillo e mais um de Wallyson no fim. Ufa!

Aliás, posso dizer que o carrasco argentino ontem foi... um próprio argentino! Que ironia do destino.

Fernandez observa comemoração de Montillo - Foto: Terra

O que deu errado?

O que deu errado para o time portenho é que o Cruzeiro entrou armado com um time surpreendente, que nem o torcedor mais otimista esperava isso do Cuca. O técnico, sempre tão correto e nada ousado, trocou o Diego Renan pelo Gilberto, dando uma chance para o Roger atuar no meio. Além disso, deixou Thiago Ribeiro no banco e apostou em Wallyson. Pronto, com 50 segundos de jogo o torcedor percebeu que esse tem que ser o time titular. Ofensivo, corajoso, disposto.

Roger, que vinha enfrentando problemas com Cuca por sempre estar no banco, mostrou que pode sim ser titular e ao sair de campo foi ovacionado pela torcida. Será que a presença da esposa Deborah Secco o inspirou? Além dele teve o Wallyson, destaque no Campeonato Mineiro e que mostrou também que pode sim ser dono da vaga e autor dos gols.

E o Montillo, hein? Que beleza ver ele jogar. Fez dois gols (sendo um incrível pegando de primeira na bola), deu assistência para o gol do Roger e ainda jogou muito durante toda a partida. E pensar que na Argentina o Montillo é um mero desconhecido...

No Estudiantes, Veron (o algoz cruzeirense em 2009) não jogou lá grandes coisas. É que na verdade o time todo ficou surpreso com a força do adversário e não funcionou desde o início do jogo. O zagueiro uruguaio Victorino que estreou no time da casa não deixou muito o ataque argentino funcionar. Eles até foram para cima em alguns momentos, tentaram reagir, mas quando não é para ser não adianta insistir.

Jogadores do Estudiantes após o apito final - Foto: EFE

No fim das contas, o que deu errado para o Estudiantes foi o jogo rápido, técnico e envolvente do Cruzeiro. E o que o torcedor do time mineiro espera é que a atuação de ontem se repita e não se torne apenas um dia inspirado da equipe de Montillo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dizem que sou louco...

Hoje vou falar sobre um jogaço. O melhor da rodada passada. Já sabem? Fluminense e Botafogo! O jogo que deu novo fôlego ao Carioca, que fez os amantes do futebol vibrarem.

Antes da partida o clima era tenso. O atual campeão Carioca contra o campeão Brasileiro. O Fluminense já saiu com uma certa vantagem, pois está com um time impecável, quase irretocável. Já o Botafogo ainda sofre pela saída de ídolos da torcida, que não tiveram seus postos assumidos por nomes de peso.

Os ingredientes dessa partida foram: duas expulsões, uma de cada lado, duas bolas na trave, duas viradas, dez cartões amarelos, herói, confusão e arbitragem polêmica. Do que mais precisa um clássico? Mais nada.

Marcação de Cajá e Herrera em cima de Conca - Foto: Globo.com

O jogo começou lá e cá. Joel, que tem fama de retranqueiro, armou um time ofensivo que foi para cima do Flu. Gol de Cajá, empate do He-man (ops, Rafael Moura). Virada do Flu com He-man de novo (é, ele teve a força! - dessa vez impedido). No segundo tempo, empate do Bota com o louco mais Loco desse país (mais abaixo falo sobre o assunto) e virada com Herrera. Ah, e no meio disso tudo inclua expulsão do Valencia com muita reclamação, expulsão do Marcelo Mattos com muita reclamação, defesas impressionantes do Jefferson, brigas entre Fred e Loco Abreu, uma raça sem fim de Rafael Moura (que queria mostrar serviço - e mostrou), pressão tricolor e um Botafogo vibrante.

Mas vocês, meus queridos leitores, devem estar se perguntando. "Se foi tudo tão bem assim, o que deu errado?"

O que deu errado?

Ora, se o Flu, o atual campeão do nosso país, perdeu, é porque alguma coisa deu errado!

Gutemberg cercado por tricolores após expulsão de Valencia - Foto: Agência Estado

Para começar a contagem, eu não poderia deixar de citar o Gutemberg. Alguém poderia me explicar o que esse cara está fazendo como juiz da Fifa? Mania de estrela, adora aparecer, adora ser o protagonista. E isso não é de hoje. Quem acompanha futebol sabe que o danado ajuda determinados times, marca gol de um com o nome de outro, e por aí vai. Eu tenho preguiça de juiz assim. Não que isso tenha influenciado o resultado do jogo, até porque os erros foram para os dois lado. Mas é vergonhoso, a menos que o cara seja, sei lá, o Margarida. Aí sim rs.

Sem mais divagações apitísticas (oi?), vamos falar de Loco Abreu. Esse sabe ser herói. Sofreu pênalti e foi bater. De cavadinha, claro. Simplesmente atrasou a bola, chutou mais terra que tudo e Cavalieri pegou. Três minutos depois outro pênalti. Loco pediu para bater, foi la e... outra cavadinha, só que dessa vez convertida. Cabra corajoso, ousado, que a cada dia faz mais juz ao apelido.

Loco comemora cavadinha acertada - Foto: Fernando Soutello

Outro "azar" do Fluminense foi a noite insipirada de Renato Cajá. Ele simplesmente mandou no jogo. Fez uma golaço, deu muitos passes, deu trabalho para os marcadores e alimentou Herrera e Loco lá na frente com boas ligações. Ah, o Herrera também foi bem na partida, o guerreiro de sempre. Jefferson foi um capítulo à parte. Defesas incríveis, com os pés e com as mãos. No fim do jogo, com a pressão do Flu, Jefferson segurou firme e continuou fechando o gol. Merece ou não lugar na seleção?

Mas a quantidade de defesas espetaculares do goleiro alvinegro aponta como foi o estreiante do Flu: na pressão. Rafael Moura fez uma ótima primeira partida. Raçudo, o He-Man mostrou que tem a força e tem tudo para ser ídolo da torcida de Laranjeiras. Brigou, fez gol, marcou (até fez pênalti!). Já o Fred deixou a desejar. Brigou muito, mas no sentido literal da palavra. Discutiu, tomou cartão, mas não levou perigo à meta botafoguense.

Resumindo, o que deu errado, na verdade, não foi nada demais. Deu errado o campeão Brasileiro perder num clássico. Deu errado perder num jogo tão nervoso e cheio de reviravoltas. Ali, com tudo o que aconteceu na partida, qualquer um que vencesse seria merecedor.
Mas no fim das contas quem acompanha futebol agradece. Porque num Carioca onde as atenções estão voltadas para a volta do Ronaldinho, enfim um jogaço para relembrar o bom e velho futebol.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nunca antes na história desse país...

Para o título do nosso post tive que parafrasear nosso ex-presidente e torcedor fanático do Timão. Mas é que nunca um time brasileiro caiu na Pré-Libertadores desde que essa fase de grupos foi criada, no ano de 2005.
Antes do jogo eu já tinha cantado a pedra. O Corinthians não ia passar do Tolima e ia escrever seu nome na história do futebol brasileiro, mas de um péssimo jeito.

Voltemos uma semaninha. Sonho da Libertadores. Vontade de apagar o ano do centenário sem títulos. Sem dúvida o maior e mais ousado sonho corinthiano. Em casa. Torcida motivada. Jogadores empolgados. E sabe o que o "todo poderoso Timão" fez? Empatou. Os mais otimistas ainda disseram: bom, pelo menos foi um empate sem gols.

Tudo bem, vamos à Colômbia. Quem sabe lá o time ganha (que a essa altura já estava numa pressão danada para vencer). Um empate de gols já resolve o problema. Mas aí que comneça o problema. Imagina se um time que deseja a Libertadores vai se contentar com um empate. De maneira alguma. E claro, o empate com gols não veio. O que veio foi uma derrota de amargar a boca de qualquer corinthiano e de adoçar os "anti-corinthianos", que convenhamos, também são uma nação.

Medina comemora segundo gol - Foto: site Folha

Eu, particularmente, não vi o Corinthians em campo. Um time apático, sem esquema tático e principalmente, sem vontade. Nem parecia que estavam brigando por uma vaga no torneio mais desejado pelo clube. Nem parecia que a Libertadores era "a vida" do Corinthians.

O que deu errado?

Para início de conversa, o desperdício de pontos no fim do Brasileirão foi o maior pecado do Corinthians. Se tivesse classificado em segundo iria direto para a Libertadores. Mas perdeu a vaga para o Cruzeiro.

O Tite, coitado, nem se fala. Odeia o título de retranqueiro, quer provar a todo custo que não é retranqueiro, mas montou um time nada ofensivo. Fez umas mudanças sem noção, do tipo colocar Paulinho no lugar do Bruno Cezar, descer o JH pro meio. A bola não chegava lá na frente de jeito nenuhm.

Bruno Cezar é outro, "estrela" ano passado, em completa decadência essa temporada. Suas atuações estão decepcionantes nessa temporada. Jucilei também. Não fez nada nos dois jogos. Tinha tudo para ser peça chave, mas não foi.

O meio campo acabou sem o Elias, também conhecido como o "motorzinho" do time. E sem motor, vamos combinar, não tinha mesmo como funcionar.

O Ronaldo coitado, antes mesmo gordo fazia alguma coisa. Mas agora infelizmente nem isso. O que é de deixar quem gosta de futebol muito triste (quem me conhece sabe que eu sou muito fã do cara, afinal, ele é um gênio da bola!). E sem ele o time fica acuado (jogando mal ou ficando no banco). Parece um encosto psicológico. (existe isso? rs)

Ronaldo, após a derrota - Foto: site Uol

O desconhecido Tolima veio sem vergonha e pressionou, pressionou e fez dois gols. Enquanto isso o Corinthians não marcou nem um golzinho, em nenhum dos dois jogos. O time do Parque São Jorge ainda teve sorte. O Tolima é muito, mas muito ruim de finalização e errou praticamente tudo. Porque se tivesse acertado, se a situação foi ruim, teria sido ainda pior.

Juro, não sei nem mais o que falar. E eu sei que ainda tem mais coisas.

Alguém duvida que deu tudo errado?
O que você acha que deu mais errado para o Corinthians nessa Pré-Libertadores?