segunda-feira, 19 de março de 2012

Jovens, clássicos, domingo

Dois clássicos. Um paulista. O outro carioca. Um prometendo ser o show de Neymar. O outro, prometendo ser uma bela partida de Diego Souza.

São Paulo e Santos. Botafogo e Vasco.
O tricolor paulista entrou em campo como coadjuvante.
O alvinegro carioca entrou em campo como um adversário simples, principalmente sem a sua maior estrela.

Mas o que se viu em campo foram dois times fortes e dois nomes: Lucas e Fellype Gabriel. O primeiro, um craque, inegável. O segundo, um jogador mediano que estava em um dia inspirado. De toda forma, as boas atuações dos garotos renderam vitórias folgadas nos clássicos.


Jogadores do São Paulo comemoram gol de Lucas - Foto: Fernando Donasci


Jogadores do Botafogo comemoram gol de Fellype Gabriel - Foto: Site Uol

O que deu errado?

O São Paulo, de casa cheia, teve muito volume de jogo. Entrou em campo com vontade e brigou toda a partida. No duelo entre Neymar e Lucas, o menino tricolor mostrou uma habilidade de encher os olhos de qualquer um. Enquanto isso, o Santos teve bastante trabalho. Dracena, Rafael e todo o pessoal ali de trás, tiveram que ficar espertos no início do jogo, com a pressão do adversário.

O Botafogo entrou em campo contra um Vasco sem as estrelas Dedé e Felipe. E pior, um Botafogo sem Loco Abreu. Mas a atuação do alvinegro foi boa, boas chances logo no começo, Elkeson armando boas jogadas, um time compacto e obedecendo bem às ordens do técnico.

No segundo tempo, o Santos voltou mais forte, com Elano na equipe, até conseguiu chegar ao gol. Mas não tinha jeito, mesmo com um a menos, São Paulo e Lucas brilharam na tarde de domingo. O garoto definiu o jogo em dois belíssimos contra-ataques. Marcou um gol, deu outro de presente para o Fabuloso.


São Paulo entrou em campo com força total - Foto: Site Uol

O segundo tempo do Vasco também foi melhor. E o Bota, mesmo ganhando de 2 a 0, estava com um pé atrás, até porque "tem coisas que só acontecem com o Botafogo". Mas Fellype Gabriel estava em noite inspirada. 3 gols, decisivo, substituiu bem El Loco.

No Santos, Ibson esteve mal, só errou, só fez o que não devia. Além dele, Adriano estava muito, mas muito apagado, tanto que foi substituído (eu nem notei que ele estava em campo, alguém notou? rs). No Vasco, Diego Souza, que tem potencial de craque, preferiu novamente entrar em confusão, dar carrinhos violentos e não jogar bola direito.

O São Paulo teve algumas figuras importantes, como Denis, que segurou lá atrás e contriubuiu (e muito!) para a vitória tricolor e Luis Fabiano, que mesmo substituído saiu de campo aplaudido pela torcida. No Glorioso, Elkeson mostrou que consegue segurar a responsabilidade. Sem Loco, ele teve ótimos momentos na partida. E claro, Jefferson (o melhor goleiro do Brasil), seguro, dinâmico e ainda pegou um pênalti.


Jefferson teve boa atuação; até defendeu pênalti - Foto: Marcelo Jesus

No final de semana de importantes clássicos, São Paulo e Botafogo, que não eram os favoritos, saíram de campo com vitórias significativas. Ok, as equipes não estão na Libertadores enquanto Santos e Vasco estão. Mas jogo é jogo, e como eu já disse, besteira poupar jogadores. Porque o que fica é a lembrança de uma boa atuação, de uma vitória com V maiúsculo em clássicos tão grandiosos, mesmo não valendo o título.

domingo, 4 de março de 2012

Os Reis da Vila

Não sei vocês, mas eu tenho um prazer tão grande em assistir a clássicos do futebol. E confesso que os clássicos paulistas tem me agradado bastante.

Bom, fui assistir a Santos x Corinthians achando que seria um jogaço. Que engano! Um jogo sem muitas oportunidades, sem muitos lances bonitos e com apenas um grande destaque, Paulo Henrique Ganso.

Depois de três meses, a Vila voltou a funcionar, com gramado novo - Foto: Site Terra

O que deu errado?


O Timão, líder e, na minha opinião, o melhor time do Paulistão esse ano, não teve lá uma grande atuação. Ok, jogou com muitos reservas. Ok, está priorizando a Libertadores, já que mesmo com a derrota continuaria na ponta da tabela. Mas, a partida do time de Tite foi bem feia. Jogadores apáticos, Adriano sem render nada (nada mesmo!) e JH bem abaixo da média. Enquanto isso, o Peixe aproveitou a oportunidade de ganhar confiança vencendo na reinauguração da Vila, alguns dias antes de mais uma batalha na Libertadores.

Vamos combinar, uma vitória sempre é um bom negócio, acho uma tremenda besteira ficar deixando atleta sem jogar. No meu trabalho, o meu chefe não me dá folga para eu render mais na próxima semana de trabalho. Por isso acho uma besteira isso de ficar poupando jogador (eu sei, isso é polêmico e muitos de vocês não vão concordar comigo). É a eterna mania dos times brasileiros de priorizarem uma competição em detrimento de outra.

Mas voltando ao clássico, duas peças se salvaram no Corinthians. O primeiro foi Alex. Ele teve um ótimo posicionamento em campo, gostei muito. E também tentou, foi o único que tentou. Mas sozinho é complicado. O segundo foi o jovem Marquinhos, de apenas 17 anos, que mostrou que pode ser uma boa opção para a zaga corinthiana.

Alex foi um dos únicos que jogou bem no Timão - Foto: Fernando Borges

Já o Santos, completinho, foi bem. Boas chances, oportunidades perdidas. Mas também não vou exagerar nos elogios. Foi bem, mas poderia ter aproveitado muito mais. Neymar foi até bastante acionado, mas não mostrou o jogo daquele garoto que dá dor de cabeça ao rival. Borges foi a maior decepção, errou praticamente tudo o que fez.

Se Neymar não apareceu, outro ídolo mostrou que sim, é um dos melhores em atividade no país. Ganso foi o garçom perfeito, deu um lindo passe para o gol de Ibson, que deu a vitória ao Santos. Paulo Henrique tem muita categoria! É um atleta completo, que se está num bom dia, pode ter certeza que ele será o destaque. Adoro ver o garoto jogar!

O melhor em campo, Ganso deu assistência perfeita a Ibson - Foto: Rubens Cavalari

No fim das contas, o resultado foi bom para o Santos, e nem foi ruim para o Corinthians. Foi bom para o Santos para dar a confiança que o time precisava; para chegar chegando na Libertadores. Não foi ruim para o Corinthians porque a equipe continua na liderança e continua sendo a melhor do Paulistão em todos os sentidos. Mas, para quem esperava um clássico de verdade, o que deu para perceber é que a cabeça dos dois times está mesmo é na Libertadores.