domingo, 19 de agosto de 2012

De virada é mais gostoso?

De virada é mais gostoso? Não para o Botafogo. Na tarde desse domingo o Atlético MG recebeu o time carioca para um importante jogo do Brasileirão. Na disputa entre alvinegros, o mineiro conseguiu uma boa vitória de virada e segue firme na ponta da tabela.

3 a 2 para o time da casa, líder absoluto da competição. Um placar que me fez pensar em muitas coisas, um jogo que me fez refletir sobre vários pontos.

Atlético venceu Botafogo em jogo importante - Foto: AE

O que deu errado?

Vamos começar falando do time do Atlético. Começou perdendo e conseguiu se recuperar no decorrer do jogo (como em várias outras partidas). É um time de sangue frio, fico impressionada como eles não se abalam com o resultado negativo.

Além disso, R49 está brilhante. Podem não concordar comigo, mas o cara é uma fera e essa boa fase do Galo é sim um grande mérito dele. Chegou de mansinho, está sempre ali para quem precisar, dando passes certeiros, agindo com uma liderança que há muito faltava no time de BH. Ele agregou e muito à equipe, que responde muito bem aos estímulos que ele trouxe ao clube.

O elenco também está redondo. Jô, sem perdoar, Rever, certeiro, Vitor, seguro e por aí vai... Bernard não teve uma atuação de gala, mas não comprometeu. Correu bastante, estava bem marcado pelo Botafogo e não foi brilhante. Não teve problema, pois Neto Berola (que não jogava há três meses) entrou e fez o terceiro e derradeiro gol do time da casa. Para fechar o placar. Não considero o Berola um excelente jogador não. Mas não dá pra negar que ele teve muita visão e muita estrela no terceiro gol. Foi ajudado pelo pelo bela passe de calcanhar do Carlos César (?? rsrs).

Agora vou falar sobre o Botafogo. Que complicado, que missão difícil. Quem acompanha o blog sabe que frequentemente comento as partidas do Glorioso. Mas olha, esse time que vi hoje está longe de ser glorioso. Não consigo entender várias coisas. 1º ponto: Oswaldo de Oliveira. Alguém sabe por que ele está no comando do time? Eu não sei. Com tanto camisa 9 bom espalhado por aí o que o cara faz? Improvisa o Elkeson no ataque! Parece piada, né? E para piorar, deixava Loco Abreu e Herrera no banco, ja que "não tinha espaço para eles no esquema tático". Qual esquema tático que eu ainda não entendi? Se alguém souber, por favor, utilizem a caixinha de comentários abaixo para me explicar rs. Imaginem só Loco Abreu e Seedorf nesse time a beleza que ia ser!


Seedorf conseguiu achar espaço mesmo com a marcação forte - Foto: Lance

Outro ponto do time do Botafogo. É impressionante como tem jogador ruim. Vamos ser sinceros, vai. Olhar para o banco de reservas do alvinegro dá vontade de chorar rs. Márcio Azevedo é um bom jogador, teve uma ótima atuação no início. O time não estava mal no primeiro tempo, pelo contrário. Atacou bem, marcou uma boa presença, abriu o placar, foi para cima. Mas aí foi só o Márcio se machucar e entrar o Lima para atrapalhar toda a equipe. Foi dos pés dele que saiu o erro para o empate. E daí em diante o time ficou apático, dominado pelo Galo. No segundo tempo entrou Rafael Marques e dos pés dele saiu o erro que resultou no terceiro gol do Atlético. Falta elenco para o Botafogo. E todo jogador bom que aparece, eles deixam escapar.

Galo x Bota ficou longe de ser um bom jogo. Mas deu para confirmar a supremacia do Galo. Um time inteligente, que joga junto. Enquanto isso, no Botafogo, deu para perceber um time inocente, que não aproveita as oportunidades e sofre por não ter um camisa 9 de verdade lá na frente. No fim das contas não foi tão ruim para o Botafogo, já que o Cruzeiro perdeu (e feio). No fim das contas foi é muito bom para o Galo, que vai fechar o turno como campeão simbólico pela campanha irretocável que vem fazendo.

domingo, 22 de julho de 2012

Tem coisas que só no Botafogo...

Seedorf no Botafogo. Quem diria? Algum botafoguense, o mais otimista possível, esperava isso? E não é que a diretoria conseguiu e o holandês está mesmo no Rio? É até estranho escutar o narrador falar o nome dele durante o jogo rs.

Mas, a estrela teve uma estreia nada agradável, num jogo que eu chamaria de esquisito. Botafogo e Grêmio se enfrentaram na noite de domingo, marcando a estreia do holandês Seedorf no time carioca. O que era para ser uma grande festa, foi atrapalhada pelo time de Vanderlei Luxemburgo, que venceu por 1 a 0 no Engenhão.

Seedorf fez sua estreia no Bota este domingo - Foto: AGIF
O que deu errado?

A estreia de Seedorf foi totalmente diferente do que o time planejava. Apesar do holandês ter mostrado que ainda está em forma, aguentando bem e jogando uma bola redonda, Seedorf ainda não teve uma atuação de gala, o que é totalmente justificável, já que o atleta estava sem jogar desde maio, quando fez sua última partida pelo Milan.

O jogo, como eu disse, foi estranho. Não foi um jogo ruim, mas também não foi bom. Não foi brigado, mas também não foi morto. O Botafogo não jogou bem, mas o Grêmio também não dominou. Foi equilibrado e o gol do time gaúcho saiu num lance bem armado, com assistência de Zé Roberto (como ele está correndo, impressionante!) e finalização de Marcelo Moreno.

No Grêmio, alguns atletas se destacaram. Zé Roberto, como eu já disse, correu muito, armou boas jogadas e mostrou que está em plena forma.Ofensivo, me surpreendeu positivamente. Assim como Marcelo Moreno, que não deu sossego para o Jefferson (melhor goleiro do Brasil) e para a defesa alvinegra.

 O gol gaúcho saiu de lance da dupla Zé Roberto e Moreno - Foto: Site Terra

Defesa alvinegra aliás, que viu o Grêmio jogar. Não consigo confiar nessa defesa. Não tem consistência, não tem firmeza. Depois que arrumar o time na parte da frente, acho que é hora de arrumar a casa atrás. Aliás, está na hora também de trocar de treinador, porque o Oswaldo não sabe montar uma boa equipe com os atletas que tem. A única coisa boa lá atrás no Bota foi o Jefferson, que salvou o time em vários momentos. Mas vale lembrar também que o goleiro gremista fez uma belíssima partida. Marcelo Grohe fechou o gol e não deu oportunidade para os alvinegros.

O jogo foi uma boa prévia do que será a vida de Seedorf: difícil, complicada, como sempre é no Botafogo. Não tem mais vida de Milan não rs. Mas essa derrota significou também a quarta colocação para o Grêmio e a oitava para o Botafogo. Nada mal para o time gaúcho, que dorme hoje no G4 e está chegando cada vez mais perto dos líderes do Brasileirão.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Enfim, campeão

Não tinha como eu não fazer um post sobre Corinthians e Boca Juniors.

Todos sabem que eu não sou corinthiana. O meu time já não me dá alegrias há algum tempo e com isso eu me tornei de verdade uma apreciadora do futebol, mais ainda do que eu já era. Não costumo torcer contra nenhum clube (a não ser contra um determinado time, rival histórico do meu rs), gosto de ver o jogo, sentir o clima e aí sim escolher para quem eu vou "torcer".

E ontem tentei ver o jogo sem nenhum pré conceito, sem ter escolhido um time para torcer. E sim, fui contagiada pela equipe montada por Tite. Foi um 2 a 0 bem formatado, numa final de Libertadores, com a equipe invicta. E contra um Boca sempre forte, com uma história muito forte na competição das Américas.

O que deu errado?

Mas o que deu errado para o Boca, um time tão tradicional, vencedor e tão acostumado com Libertadores, diferente do Corinthians? A equipe argentina ficou apática, não se encontrou em campo e nem jogou o que poderia ter jogado. A pressão era toda do Corinthians, a responsabilidade era toda do Corinthians e mesmo assim o Boca entrou pequeno em campo e não mostrou serviço na final.

Como não estava conseguindo se impor no futebol, os argentinos tentaram se impor nas faltas. Achei que o time foi bastante desleal, com chegadas desnecessárias por trás, catimbas exageradas, enfim, um futebol que não condiz a um finalista de Libertadores.

Enquanto isso, o Corinthians entrou em campo com um objetivo: vencer. Entrou em campo concentrado, aguerrido, determinado. Mas isso não veio de ontem. Essa equipe há tempos está sendo construída pelo Tite e muito, mas muito me agrada. Um time firme, consistente, que joga junto, um joga para o outro, um joga com o outro.

Na noite de quarta-feira, o time de Tite acertou o pé e teve um belo toque de bola, não abriu espaço para o adversário, apertou muito a saída de bola. Tinha uma meta, foi lá e cumpriu. Não tinha como o placar ser diferente, um time foi bem superior que o outro.

Em campo, uma vitória incontestável. Fora dele, existem os corinthianos e os que torcem contra. Hoje os corinthianos acordaram mais felizes. Porque enfim eles realizaram o sonho, são os campeões da Libertadores. E com mérito, incontestável.

Corinthians campeão da Libertadores 2012 - Foto: Site Uol


domingo, 24 de junho de 2012

Um jogo de oportunidades

Na noite de sábado o Cruzeiro venceu com V maiúsculo o Vasco, em São Januário. Sem Copa do Brasil, sem Libertadores. Os times estavam ali, jogando o Brasileirão, brigando pela ponta da tabela.

Os dois melhores times da competição (pelo menos de acordo com a classificação) até então estavam invictos; o Vasco vinha de quatro vitórias e um empate, enquanto o Cruzeiro vinha de três vitórias e dois empates. O time mineiro fez um jogo inteligente, venceu por 3 a 1 e conseguiu sair da casa do adversário somando três pontos e assumindo a lideranção do Campeonato Brasileiro.

 Cruzeiro assumiu a ponta depois da vitória sobre o Vasco - Foto: Lancepress


O que deu errado?

O Cruzeiro, claro, começou na retranca. Ok, é a forma do Roth montar o time. Mas ontem a equipe foi esperta e aproveitou todas as brechas do adversário. O começo da partida não foi muito bom, com o time mineiro fechado e o Vasco sem conseguir avançar. O primeiro tempo, aliás, foi mais do Vasco, que chegou mais, tentou mais. Porém, devagar, o time celeste conseguiu encontrar o caminho do gol. E o grande "culpado" por isso foi Montillo. O atleta sabe como ninguém ditar o ritmo da partida e foi o que ele fez neste sábado. Marcou um belo gol e esteve presente e apresentando perigo durante todo o jogo.

No Vasco, o primeiro gol do adversário foi aquela verdadeira lambança. Prass e Eder Luiz se enrolaram e acabaram permitindo que o Cruzeiro marcasse. Eder Luiz saiu vaiado pela torcida no intervalo, até porque, além desse lance do gol, ele não conseguiu em nada ajudar a equipe cruzmaltina.

Apesar da falha, eu gosto do Prass. Acho ele um bom goleiro, bem posicionado, sabe sair do gol. Mas ontem ele estava num dia sem a mínima inspiração. Errou na reposição de bola que resultou no primeiro gol e estava muito mal colocado no gol de Wellington Paulista. Foi um gol de cobertura do camisa nove celeste, ok. Mas tem gols de cobertura e gols de cobertura, esse foi um gol que dava para pegar. Mas não estou tirando nenhum mérito do Prass. Apenas o dia de ontem não foi lá muito feliz, acredito que nas próximas partidas ele já vai estar bem novamente.

 Prass não estava em uma noite muito feliz contra o Cruzeiro - Foto: Daniel Carvalho

Falando em Wellington Paulista, gostei bastante do ataque cruzeirense. O camisa 9 foi bem, soube se movimentar em campo. No seu lugar entrou Anselmo Ramon que é um jogador ok, mas vira e mexe consegue marcar o seu golzinho em jogos importantes como esse contra o Vasco.

Vasco x Cruzeiro esteve longe de ser um jogo tecnicamente bom. Mas foi um jogo inesperado, com uma boa postura da equipe visitante, que soube aproveitar as brechas para sair de São Januário com a vitória. Não são os dois melhores elencos do Brasileirão, pelo menos na minha opinião. Mas, estão se dedicando à competição, conseguindo bons resultados e estão na parte de cima da tabela. Bom para os torcedores de Vasco e Cruzeiro, que respectivamente desde 2000 e 2003 não veem seu time campeão brasileiro.

domingo, 10 de junho de 2012

Uma estreia modesta

Depois de toda a polêmica, ontem foi a estreia de Ronaldinho Gaúcho no Atlético. Sem muita badalação, sem muita festa, do jeito que é o futebol mineiro. Mas na estreia de R49 (oi?), o que vimos foi uma partida monótona, com Galo e Palmeiras mostrando que tem dois times bem fracos para o Brasileirão.

 Ronaldinho estreiou pelo Galo contra o Palmeiras - Foto: Ricardo Matsukawa

Uma modesta vitória por 1 a 0 foi o máximo que o Atlético conseguiu. Mas sinceramente? Diante do fraco time do Palmeiras, era para o placar ter sido bem maior.

O que deu errado?

O Galo venceu, fez o dever de casa e dormiu na liderança. O Palmeiras se afundou mais e não conseguiu se encontrar em campo. Apesar desse cenário, eu li em alguns sites de esporte que "Ronaldinho gaúcho jogou muito bem", "Galo foi consistente"... Sinceramente? Quem escreveu isso não viu o mesmo jogo que eu. O Atlético jogou mal, já o Palmeiras está morto. O Galo perdeu muitas chances de gol (sim, foi prejudicado pela arbitragem - e muito!), porque 1 a 0 foi muito, mas muito pouco. O time do Palmeiras joga aberto, está apático, não tem marcação e não tem muita vida. O Atlético deveria ter aproveitado que estava com o time entrosado e ter feito alguma coisa mais significativa, concordam?

Ronaldinho Gaúcho não estreiou mal, não disse isso. Foi na mesma média que estava jogando pelo Fla, nem mal, nem bem. Poderia ter feito muito mais diante do espaço que teve em campo, da boa movimentação do Jô. O Jô sim eu achei que foi bem. Aliás, ótima compra, vai trazer bons frutos para o Galo (e eu não dava nada por ele - tenho uma birra eterna com esses atletas problemáticos). Eu não sou do time que acha que a ida de R10 (ou seria 49?) para o Atlético foi ruim. Pelo contrário. Acho que vai ser maravilhoso, em todos os sentidos. No marketing, na visibilidade, na atenção que o time há muito não recebe. E, se o Gaúcho colaborar, pode mostrar um bom futebol e ajudar a equipe a ir melhor do que tem ido ultimamente.

 Jô e R.Gaúcho são as esperanças do Galo para o Brasileirão - Foto: Site Terra

No Palmeiras, meu Deus, deu muita coisa errada. A zaga (que zaga? rs) é muito fraca. Os laterais são bem perdidos. Thiago Heleno, Henrique e cia limitada não conseguem fechar lá atrás e abrem muito espaço para o adversário.

A única peça que salva no Palmeiras é Marcos Assunção. Ele sim eu gosto. E o time joga os 90 minutos esperando faltas na entrada da área, pois é sempre a única chance de gol da equipe. Ontem vendo o jogo com meus primos, um deles brincou: "O Palmeiras deveria jogar com vários atacantes, que ficariam na entrada da área só cavando falta, porque só assim que o time é perigo". Uma pena, um time tão tradicional, que já teve épocas tão boas, vivendo um momento em que ninguém dá nada por ele, ninguém acredita, ninguém confia.

 As faltas cobradas por Marcos Assunção levaram perigo ao gol do Galo - Foto: Terra

No fim das contas, foi um jogo que serviu para podermos analisar vários pontos. O primeiro é que Ronaldinho Gaúcho e Jô podem ser uma boa dupla para esse ano. O segundo é que o Palmeiras precisa de fôlego novo, se continuar desse jeito vai ser complicado. O terceiro é que esse ano tem poucos times realmente bons e candidatos ao título. Mas, como o futebol é uma caixinha de surpresas, o que nos resta é acompanhar as próximas rodadas e ver como o Galo vai se comportar na liderança e se Palmeiras vai conseguir se recompor.

domingo, 20 de maio de 2012

E começa mais um Brasileirão!



Ai, o Brasileirão... O campeonato mais disputado do Brasil, as melhores equipes, os times jogando pra valer. Os Estaduais cansam, ficam bons só no final. Mas o Campeonato Brasileiro tem uma característica que eu gosto muito: os torcedores vibram muito com a primeira vitória do time. E mesmo que muitas equipes priorizem a Libertadores e Copa do Brasil e joguem com o time reserva ou um mistão, a disputa começa sim desde o início.

Meu pai já me ligou todo feliz para gente falar sobre a vitória do nosso time (vocês sabem qual é? rs), já vi aqui em São Paulo muitos torcedores do Corinthians falando que só perdeu porque era o time reserva, já vi os comentários sobre o Herrera recusando de pedir música no Fantástico...

Por isso hoje não tem como falar "o que deu errado", vocês concordam?
Porque a primeira rodada é uma grande festa, é o pontapé inicial para o nosso companheiro que nos acompanha até o final do ano, o Brasileirão.

Dá pra falar que na disputa entre os dois últimos campeões brasileiros, o Flu levou a melhor e venceu o Corinthians em um jogo bem ruim. O Bota fez uma linda virada sobre o São Paulo, com o argentino Herrera dominando a partida e mostrando que ele não merece a reserva. O Inter passou fácil pelo Coritiba, o Galo ganhou da Ponte fora de casa, O Figueira passou pelo Náutico e o Vascão ganhou do Grêmio num duelo de reservas, mas que precisou da forcinha dos titulares.

Assim que acabarem Libertadores e Copa do Brasil os times engrenam, mas espero que eles se lembrem de exemplos recentes de que priorizar uma competição enquanto disputa outra quase sempre dá errado lá pra frente.

Bom Brasileirão pra todos!

*sei que está um pouco tarde para pedir desculpas pela falta de post nas finais dos Estaduais, mas é que eu estou sem internet em casa, o que está dificultando os trabalhos no blog. Mas prometo que vou tentar ficar em dia!

-Fotos: GazetaPress e Globoesporte.com

domingo, 6 de maio de 2012

Com a mão na taça

O último invicto brasileiro na temporada caiu. E na hora errada. Num domingo de decisão do Carioca, o Botafogo perdeu por 4 a 1 do Fluminense, de virada.

O jogo nem foi assim tão desequilibrado para ter esse placar. Mas o tricolor foi eficiente e aproveitou todas as chances de balançar as redes do alvinegro.

 Estrelas do Flu se destacaram na decisão - Foto: Photocamera

O que deu errado?

O Bota começou a partida indo para cima e abriu o placar com Renato, que voltou de lesão. O jogo estava bastante equilibrado, as duas equipes atacando, o Fluminense correndo atrás do empate. E conseguiu. Em uma bela bicicleta de Fred, o tricolor deixou o placar igual e a partida foi para o intervalo com o placar marcando 1 a 1. Até então a partida estava lá e cá.

Mas na volta do intervalo o Flu foi avassalador. Uma atuação de gala da equipe de Abel Braga. Deco, o maestro de sempre, distribuiu o jogo como ninguém. Além disso, deu um passe incrível para o gol de Rafael Sóbis. Sóbis, aliás foi outro inspirado em campo. Bem posicionado, com raça e vontade, foi matador. Fez dois em uma decisão importantíssima, em que os times estavam jogando de igual para igual. Fred também foi bem, o golaço de bicicleta foi só para provar que o faro de artilheiro do camisa 9 ainda está presente ali.

No Botafogo, Loco Abreu não apareceu como deveria. Faltou criatividade, faltou vontade. Não digo que jogou mal, pois como eu disse, a partida foi "até que equilibrada". Mas os ídolos estão ali justamente para fazer a diferença nesses momentos difíceis. E o Loco não fez. Nem ele, nem Maicossuel, nem Elkeson. O trio alvinegro estava apagado e sem inspiração, o que fez com que os 90 minutos iniciais da decisão carioca ficasse fácil para o Fluminense.

 Uruguaio Loco Abreu não fez uma boa partida - Foto: AGIF

Outro fato que desequilibrou a partida foi a expulsão do lateral Lucas. O jogador fez uma falta infantil em Thiago Neves e deixou sua equipe com um a menos por todo o segundo tempo. E olha que ele nem estava jogando mal, estava até bem. Mas depois dessa, numa decisão, com certeza perdeu a confiança de boa parte da torcida.

Além de tudo isso, minha opinião sincera é de que falta atitude em Oswaldo de Oliveira. Não sei, acho que falta aquele "borogodó" que um bom técnico tem, aquele pensamento rápido, aquela percepção do que fazer quando o time está mal. Não consigo entender muito bem ele não aproveitar o Herrera num momento como essa final. Todo alvinegro sabe que o jogador, apesar de não ser craque, tem sangue frio e sabe como ninguém jogar uma decisão.

Fluminense e Botafogo voltam a se enfrentar no próximo domingo - Foto: Agência Lance

O que faltou para o Bota sobrou para o Flu: atitude. A diferença foram os ídolos tricolores que estavam inspirados e entraram para jogar a final com muita vontade. Na semana que vem vai ser difícil para o Botafogo tirar a diferença de gols. Mas como essa tarde a estrela dos jogadores do Fluminense brilharam, nada custa a estrela dos atletas alvinegros brilhar na próxima partida. Alguém duvida que vai ser uma final eletrizante?

domingo, 22 de abril de 2012

A queda do império

O primeiro colocado contra o oitavo. Um Corinthians grande, contra uma singela Ponte. Sério, alguém contava com essa zebra? O Corinthians, que está fazendo uma ótima campanha na Libertadores, fez uma irretocável campanha no Paulistão, num jogo decisivo como esse perdeu, diante da apaixonada torcida, para um time que teoricamente não é tão bom quanto o adversário.

É, temos que analisar com muito cuidado o que deu errado na partida, que aliás, foi emocionante!

Deu zebra! Ponte venceu o Corinthians em pleno Pacaembu - Foto: Gazeta Press

O que deu errado?

Me perdoem os defensores de Julio Cesar. Para mim o problema do Timão está longe de ser o Tite (que por sinal eu gosto bastante). O grande problema do Corinthians está no gol. Em momentos decisivos o Julio sempre falha. E hoje não foi diferente. No primeiro gol cometeu uma falha imperdoável para um jogo dessa importância. Num chute de William Magrão (um chute forte, mas nem tão forte assim) o arqueiro corinthiano deixou a bola passar e a Ponte abrir o placar. Foi o suficiente para tirar toda a confiança da equipe. No terceiro gol da Ponte o goleiro também falhou num momento decisivo, em que ainda dava para buscar o resultado. Depois de uma atrapalhada reposição de bola de Julio, Rodrigo Pimpão aproveitou a oportunidade e marcou o terceiro e decisivo gol da equipe de Campinas.

Além de Julio, tiveram alguns destaques negativos na equipe do Corinthians. Liedson, por mais que venha tentando, não está bem posicionado em campo. Algumas bolas até chegaram até ele, mas o jogador estava atrasado na maioria delas. Algumas vezes conseguiu chutar a gol, mas não levou muito perigo ao bom goleiro Bruno. Danilo também mal apareceu, foi anulado pela equipe adversária, tanto que foi substituído no intervalo.

Corinthians 2, Ponte 3 - Foto: Site UOL

Na verdade, a equipe do Corinthians só foi melhorar mesmo no segundo tempo, quando Tite quis lançar um time mais ofensivo, trocando Danilo por Douglas e Jorge Henrique por Alex. E deu resultado, o Corinthians foi atrás e tentava a todo momento chegar ao gol. Mas é como eu sempre digo, quando tudo dá errado não tem o que resolva. Mas confesso que quando o Corinthians fez o segundo gol eu achei que o time ia conseguir o empate. Eu vi raça, eu vi vontade, eu vi desespero. Mas isso só no segundo tempo, o que foi tarde demais.

A entrada de Willian no lugar de Marquinhos também foi uma bela sacada. O jogo ganhou um novo fôlego e ganhou ares de mata mata, aquela emoção que sempre falta nos campeonatos de pontos corridos e que só jogos decisivos assim tem. O garoto fez gol, colocou o time pra frente, deu gás, deu força.

Mas o time da Ponte entrou em campo obstinado. Deu pra ver desde o primeiro minuto. Acho que isso é o que mais deu errado para o Timão. O time da Ponte está longe de ser um time ruim, mas não chega perto do elenco corinthiano. Apesar disso, entrou em campo de igual para igual e conseguiu desequilibrar na vontade e na determinação. Cicinho estava em tarde inspirada, se movimentou muito bem, aproveitou bem os contra ataques. Além dele tinha Roger e Pimpão, que fizeram uma boa partida e deram muito trabalho para a defesa do Corinthians.

Ponte avançou para a semi do Paulistão - Foto: Leonardo Soares

Inesperado, no mínimo. Um Corinthians que estava há oito jogos só vencendo, há 12 sem perder, uma campanha incrível. Porém, perdeu o primeiro mata mata do ano, justo agora, que a Libertadores também entra na fase do mata mata. Sim, uma derrota sempre tira a confiança de uma equipe, não tem como negar. E eu espero que o elenco corinthiano não perca a confiança e saiba separar as competições. Porque no dia 2 de maio já tem disputa pela Libertadores, jogo teoricamente fácil contra o Emelec. Mas o jogo de hoje também era teoricamente fácil e a equipe desperdiçou a chance de avançar no Paulistão e continuar com uma campanha irretocável na temporada.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Com gosto de vingança

Confesso que não esperava o resultado de ontem no jogo do Fluminense. Depois da vitória na Bombonera, eu esperava um tricolor mais forte, mais firme. E eu também não esperava que o Boca entraria em campo querendo a vingança, buscando a vitória.

Flu perdeu para o Boca em pleno engenhão - Foto: EFE

Uma vitória simples deixaria o Fluminense perto de ter a melhor campanha da Libertadores. Engenhão cheio, torcedores empolgados. Tem melhor cenário para uma vitória na competição das Américas? Mas não, o time de Abel não fez o dever de casa e saiu de campo com a derrota por 2 a 0.

O que deu errado?

O Boca já chegou indo pra cima. Mesmo sem Riquelme, o time argentino mostrou a que vinha logo no começo, indo para o ataque. Apesar de não levar grande perigo ao gol de Cavalieri, o time começou pra frente, ousado. Mas não vou ser injusta, o Flu também se mostrou presente, até mais que o Boca, tentou ficar sempre com a posse de bola. Depois de tomar o primeiro gol foi para cima, quase empatou. Mas quando tudo dá errado, não tem o que fazer.

Jogadores do Boca comemoram gol - Foto: Site Uol

A marcação argentina estava bem montada. Thiago Neves e Fred praticamente não apareceram em campo. Os hermanos fizeram um esquema certeiro, anulando as principais armas tricolores. Thiago Neves, quem? Sumido, nada fez no jogo. Fred a mesma coisa. Saiu de campo sentindo um incômodo na coxa, mas quem ficou incomodado mesmo foi o torcedor, que esperava mais do camisa 9. Fred, aliás, há tempos não consegue completar uma partida; ou sente dores, ou é poupado. O que é uma pena, pois o atleta tem muita qualidade.

O segundo tempo foi muito tenso, bem mais que o primeiro. Falha na defesa do Flu, os dois times sem conseguir grandes finalizações, as equipes tentando chegar ao gol, mas sem nenhuma objetividade, enfim, uma reprise tensa da primeira etapa. O Fluminense até tentou buscar, mas o pênalti perdido por Rafael Moura enterrou de vez qualquer possibilidade de reação, de pelo menos buscar o empate.

O que não deu errado para o Flu foi o Deco. Eu gosto muito da qualidade do jogador. O meia sabe como ninguém distribuir jogo. E contra o Boca não foi diferente. O grande problema é que ninguém soube aproveitar as chances para marcar para o Fluminense.

Deco foi o melhor do Flu em campo - Foto: Site Terra

A derrota não foi tão mau negócio para o Flu. Até porque é bom para o time ficar mais ligado e ver que não está assim tão imbatível. Agora, para a semana que vem, é torcer para o Velez não vencer, para o time carioca poder fazer os jogos de volta em casa. Mas depois da derrota de ontem, com o Engenhão lotado com 36 mil tricolores, eu fico me perguntando: será que fazer os jogos em casa será mesmo um bom negócio para o Flu?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A derrota e a lanterna

Um vexame sempre é vergonhoso, certo? Mas um vexame na Libertadores é ainda mais. Teoricamente, os times que estão na competição das Américas são os melhores, os mais competitivos, os mais fortes. Alguém aí tem a coragem de dizer que o Flamengo tem um elenco forte e competitivo? Eu não.

Na última quarta-feira, o rubro negro carioca perdeu para o Emelec no Equador por 3 a 2, numa partida bem estranha, em que o time de Joel esteve à frente no placar por duas vezes e permitiu a virada no fim do jogo. Junto com a derrota para a equipe equatoriana, o Flamengo perdeu o respeito na Libertadores e perdeu a confiança dos seus torcedores. O time hoje ocupa a lanterna do grupo, precisando de uma combinação de resultados para se classificar para a próxima fase.

Flamengo perdeu para o Emelec por 3 a 2 - Foto: Site Terra

O que deu errado?

Para começar, o Flamengo vive um momento errado. Essa insistência em levar o Adriano, a falta de comprometimento de Ronaldinho, a troca de Vanderlei por Joel, a falta de pulso de Patrícia. Enfim, são muitos fatores que constróem um cenário preocupante e nada agradável na Gávea. Isso tudo de reflete dentro de campo, com um grupo que não mostra entrosamento, apesar de ser um bom time.

O jogo contra o Emelec teve um protagonista: Joel. E olha, eu gosto desse cara, mas dessa vez no Flamengo ele está indo de mal a pior. Papai Joel fez duas mudanças no segundo tempo (tirou Deivid e Bottinelli e colocou Gustavo e Magal) que decidiram o destino do jogo. Meu Deus, quando vão parar de tentar fazer retranca com o time ganhando? O Fla não estava jogando bem, mas estava vencendo e o Emelec não conseguia armar as jogadas. Mas Joel vai lá e tenta armar um time para "segurar o resultado"? Isso não é postura de uma equipe que quer vencer. Além disso, ele tirou Deivid, que estava muito bem em campo.

Deivid foi bem, cumpriu bem seu papel de camisa 9. Armou várias jogadas, levou perigo ao gol do advesário, deu passe para um gol e marcou o seu também. Ele era quem mais aparecia dentro de campo, ao lado de Vagner Love, que também está mostrando que está em forma e com vontade de jogar bola. Até Ronaldinho apareceu em alguns momentos (poucos, ok, mas apareceu). A equipe não estava mal. Diante do tecnicamente fraco Emelec, a vitória seria o mais lógico, como estava acontecendo. Mas o time do Equador aproveitou as brechas para sair de campo com a vitória diante de sua torcida.

Deivid comemora gol marcado - Foto: AP Photo

A defesa rubro negra era o setor mais fraco. Muitos erros individuais, desarmes mal feitos, falta de técnica e passes errados. Além disso, o experiente Figueroa aproveitou a falta de maldade da defesa, principalmente de Welinton, e deixou dois tentos assinados. Aliás, dois gols do Emelec foram de bola aérea, que vem sendo um problema do Flamengo há alguns anos e nunca é resolvido.

Atletas do Emelec comemoram a vitória - Foto: AFP

Como todo mundo vive repetindo, Libertadores não é Carioca, e o Flamengo precisa se dedicar mais à competição. Impressionante como ultimamente o time só passa por situações difíceis na Libertadores (quem já esqueceu dos 3 a 0 para o América do México em pleno Maracanã, com show do Cabañas?). Agora, para classificar, o Flamengo precisa vencer o já classificado Lanús da Argentina e torcer para um empate entre Olímpia e Emelec. Não é impossível, mas bem difícil. E eu espero que se o Flamengo se classificar, ele se dedique mais à essa competição que todos os times lutam tanto para participar.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que está dando errado?

Olha, não é falta de cuidado, nem questão de deixar o blog de lado.

Mas vocês já repararam que ultimamente quase nada está dando errado no mundo do futebol?
Os resultados estão mais do que esperados, os atletas atuando como o esperado, Estaduais sem muita emoção...

Essa quarta-feira tem jogão de brasileiros pela Libertadores.
Os Estaduais estão começando a entrar na reta final.

Acho que agora a emoção aumenta e nós vamos ter mil motivos para falar "O Que deu Errado"!

Prometo, assim que tiver um jogão, com bastante emoção, nós vamos falar em detalhes como foi a partida e tudo o que aconteceu, de certo e de errado!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Jovens, clássicos, domingo

Dois clássicos. Um paulista. O outro carioca. Um prometendo ser o show de Neymar. O outro, prometendo ser uma bela partida de Diego Souza.

São Paulo e Santos. Botafogo e Vasco.
O tricolor paulista entrou em campo como coadjuvante.
O alvinegro carioca entrou em campo como um adversário simples, principalmente sem a sua maior estrela.

Mas o que se viu em campo foram dois times fortes e dois nomes: Lucas e Fellype Gabriel. O primeiro, um craque, inegável. O segundo, um jogador mediano que estava em um dia inspirado. De toda forma, as boas atuações dos garotos renderam vitórias folgadas nos clássicos.


Jogadores do São Paulo comemoram gol de Lucas - Foto: Fernando Donasci


Jogadores do Botafogo comemoram gol de Fellype Gabriel - Foto: Site Uol

O que deu errado?

O São Paulo, de casa cheia, teve muito volume de jogo. Entrou em campo com vontade e brigou toda a partida. No duelo entre Neymar e Lucas, o menino tricolor mostrou uma habilidade de encher os olhos de qualquer um. Enquanto isso, o Santos teve bastante trabalho. Dracena, Rafael e todo o pessoal ali de trás, tiveram que ficar espertos no início do jogo, com a pressão do adversário.

O Botafogo entrou em campo contra um Vasco sem as estrelas Dedé e Felipe. E pior, um Botafogo sem Loco Abreu. Mas a atuação do alvinegro foi boa, boas chances logo no começo, Elkeson armando boas jogadas, um time compacto e obedecendo bem às ordens do técnico.

No segundo tempo, o Santos voltou mais forte, com Elano na equipe, até conseguiu chegar ao gol. Mas não tinha jeito, mesmo com um a menos, São Paulo e Lucas brilharam na tarde de domingo. O garoto definiu o jogo em dois belíssimos contra-ataques. Marcou um gol, deu outro de presente para o Fabuloso.


São Paulo entrou em campo com força total - Foto: Site Uol

O segundo tempo do Vasco também foi melhor. E o Bota, mesmo ganhando de 2 a 0, estava com um pé atrás, até porque "tem coisas que só acontecem com o Botafogo". Mas Fellype Gabriel estava em noite inspirada. 3 gols, decisivo, substituiu bem El Loco.

No Santos, Ibson esteve mal, só errou, só fez o que não devia. Além dele, Adriano estava muito, mas muito apagado, tanto que foi substituído (eu nem notei que ele estava em campo, alguém notou? rs). No Vasco, Diego Souza, que tem potencial de craque, preferiu novamente entrar em confusão, dar carrinhos violentos e não jogar bola direito.

O São Paulo teve algumas figuras importantes, como Denis, que segurou lá atrás e contriubuiu (e muito!) para a vitória tricolor e Luis Fabiano, que mesmo substituído saiu de campo aplaudido pela torcida. No Glorioso, Elkeson mostrou que consegue segurar a responsabilidade. Sem Loco, ele teve ótimos momentos na partida. E claro, Jefferson (o melhor goleiro do Brasil), seguro, dinâmico e ainda pegou um pênalti.


Jefferson teve boa atuação; até defendeu pênalti - Foto: Marcelo Jesus

No final de semana de importantes clássicos, São Paulo e Botafogo, que não eram os favoritos, saíram de campo com vitórias significativas. Ok, as equipes não estão na Libertadores enquanto Santos e Vasco estão. Mas jogo é jogo, e como eu já disse, besteira poupar jogadores. Porque o que fica é a lembrança de uma boa atuação, de uma vitória com V maiúsculo em clássicos tão grandiosos, mesmo não valendo o título.

domingo, 4 de março de 2012

Os Reis da Vila

Não sei vocês, mas eu tenho um prazer tão grande em assistir a clássicos do futebol. E confesso que os clássicos paulistas tem me agradado bastante.

Bom, fui assistir a Santos x Corinthians achando que seria um jogaço. Que engano! Um jogo sem muitas oportunidades, sem muitos lances bonitos e com apenas um grande destaque, Paulo Henrique Ganso.

Depois de três meses, a Vila voltou a funcionar, com gramado novo - Foto: Site Terra

O que deu errado?


O Timão, líder e, na minha opinião, o melhor time do Paulistão esse ano, não teve lá uma grande atuação. Ok, jogou com muitos reservas. Ok, está priorizando a Libertadores, já que mesmo com a derrota continuaria na ponta da tabela. Mas, a partida do time de Tite foi bem feia. Jogadores apáticos, Adriano sem render nada (nada mesmo!) e JH bem abaixo da média. Enquanto isso, o Peixe aproveitou a oportunidade de ganhar confiança vencendo na reinauguração da Vila, alguns dias antes de mais uma batalha na Libertadores.

Vamos combinar, uma vitória sempre é um bom negócio, acho uma tremenda besteira ficar deixando atleta sem jogar. No meu trabalho, o meu chefe não me dá folga para eu render mais na próxima semana de trabalho. Por isso acho uma besteira isso de ficar poupando jogador (eu sei, isso é polêmico e muitos de vocês não vão concordar comigo). É a eterna mania dos times brasileiros de priorizarem uma competição em detrimento de outra.

Mas voltando ao clássico, duas peças se salvaram no Corinthians. O primeiro foi Alex. Ele teve um ótimo posicionamento em campo, gostei muito. E também tentou, foi o único que tentou. Mas sozinho é complicado. O segundo foi o jovem Marquinhos, de apenas 17 anos, que mostrou que pode ser uma boa opção para a zaga corinthiana.

Alex foi um dos únicos que jogou bem no Timão - Foto: Fernando Borges

Já o Santos, completinho, foi bem. Boas chances, oportunidades perdidas. Mas também não vou exagerar nos elogios. Foi bem, mas poderia ter aproveitado muito mais. Neymar foi até bastante acionado, mas não mostrou o jogo daquele garoto que dá dor de cabeça ao rival. Borges foi a maior decepção, errou praticamente tudo o que fez.

Se Neymar não apareceu, outro ídolo mostrou que sim, é um dos melhores em atividade no país. Ganso foi o garçom perfeito, deu um lindo passe para o gol de Ibson, que deu a vitória ao Santos. Paulo Henrique tem muita categoria! É um atleta completo, que se está num bom dia, pode ter certeza que ele será o destaque. Adoro ver o garoto jogar!

O melhor em campo, Ganso deu assistência perfeita a Ibson - Foto: Rubens Cavalari

No fim das contas, o resultado foi bom para o Santos, e nem foi ruim para o Corinthians. Foi bom para o Santos para dar a confiança que o time precisava; para chegar chegando na Libertadores. Não foi ruim para o Corinthians porque a equipe continua na liderança e continua sendo a melhor do Paulistão em todos os sentidos. Mas, para quem esperava um clássico de verdade, o que deu para perceber é que a cabeça dos dois times está mesmo é na Libertadores.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A vitória do coadjuvante

Me desculpem o longo período ausente. Mas agora voltei de vez, firme e forte, para a temporada 2012. E hoje vou começar falando da final da Guanabara.

Vasco e Fluminense. Uma promessa de uma partida disputada, emocionante. Um Vasco sensação, invicto, superior, favoritíssimo. Um Fluminense com vontade, com Fredgol afiado e um elenco integrado. Mas, na verdade, o tricolor carioca conseguiu domar a equipe cruzmaltina e carimbou 3 a 1, garantindo a Taça de campeão do primeiro turno do Rio.

Vasco caiu diante do Fluminense - Foto: Júlio César Guimarães

Mas por que o time sensação se deu tão mal na final da Taça Guanabara? Por que o time tão bem armado ficou para trás e não conseguiu se impor durante a maior parte do jogo?

O que deu errado?

Eu confesso que acreditava em uma vitória vascaína. No início do jogo o Vasco foi para o ataque, Juninho bateu uma boa falta, a equipe mostrava volume de jogo. Tanto que deu bastante trabalho para Nem no lado esquerdo.

Mas diante da "organização" do Vasco, a equipe do Fluminense se reposicionou em campo e partiu para cima, buscando a vitória. Até então o jogo ficou "lá e cá", mas um lance mudou o rumo da partida. Fagner fez pênalti sobre Wellington Nem, que foi convertido por Fred e deu toda a confiança que a equipe precisava.

Atletas cruzmaltinos lamentam derrota - Foto: Site UOL

Fred aliás, que partidaça! Aproveitou todas as oportunidades possíveis e se mostrou mais do que em forma. Correu, participou, ficou muito bem posicionado e quando teve a chance colocou a bola para dentro do gol (mentira, ele poderia ter feito o quarto e não fez rs).

Outro que eu tiro o chapéu é o Deco. Fez um golaço, foi o maestro no meio do campo, foi inteligente e esperto. Fred, Deco e Thiago Neves abusaram de bons passes e bons lances. A equipe do Flu é incosistente. Disso não há dúvidas. Mas é um time muito integrado, que se encaixa bem e joga muito bem junto.

Por outro lado, o Vasco se perdeu em campo. Não teve nenhum esquema tático firme e tentou até se apoiar em Dedé no ataque. O time de Cristóvão é muito mais do que se apresentou no domingo, muito mais.

O Vasco não foi mal. os 3 a 1 foram até exagero. Mas a vitória foi para a equipe que se entregou em campo, que não tinha nada a perder, já que se classificou de última hora e não teve lá um desempenho impecável na primeira fase. O Fluminense, garantido na final do Carioca, agora pode pensar na Libertadores.

Elenco tricolor comemora título - Foto: Site Terra

O jogo, que era do protagonista Vasco, acbou ficando para o coadjuvante Fluminense, que entrou em campo para vencer e saiu de lá com a Taça de campeão.